Cirurgia para câncer de ovário
A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos cânceres de ovário. O procedimento cirúrgico dependerá de quanto à doença possa ter se disseminado e do estado de saúde geral da paciente. Para as mulheres em idade fértil, com doença em estágio inicial, pode ser possível tratar a doença sem a remoção de ambos os ovários e do útero.
Cirurgia para câncer epitelial de ovário
A cirurgia do carcinoma epitelial de tem dois objetivos principais: estadiamento e diminuição do volume, retirando o máximo possível do tumor.
Estadiamento do câncer epitelial de ovário. O primeiro objetivo é diagnosticar até onde a doença se disseminou, o que implica a remoção do útero (histerectomia), ovários e trompas de Falópio (salpingo-ooforectomia bilateral). Além disso, são removidos o omento (omentectomia), que é uma camada de tecido gorduroso, que cobre os órgãos abdominais e alguns linfonodos da pelve e do abdômen. Todas as amostras de tecido e líquido removidos durante a cirurgia são enviadas para análise histopatológica.
Diminuição do tamanho do câncer epitelial de ovário. Outro objetivo importante dessa cirurgia é retirar o máximo possível do tumor, isto é, diminuir o tamanho do tumor. Essa redução é importante em pacientes com a doença disseminada por todo o abdome. O objetivo da cirurgia é não deixar nenhum tumor visível maior que um centímetro. Algumas vezes, o cirurgião terá de remover uma parte do cólon, às vezes uma parte do intestino delgado, em outros casos, pode envolver a remoção de parte da bexiga, e até mesmo a remoção do baço ou da vesícula biliar, bem como parte do estômago, fígado ou pâncreas. Se ambos os ovários e/ou o útero foram retirados, a paciente não poderá engravidar. Isso também significa que ela apresentará menopausa se ainda não a teve. O tempo de internação é de três a sete dias após a cirurgia e a maioria das mulheres pode retomar suas atividades rotineiras em quatro a seis semanas após o procedimento.
Cirurgia para câncer de ovário de células germinativas e estromais
Para cânceres de ovário de células germinativas e estromais o principal objetivo da cirurgia é remover o tumor.
A maioria dos tumores de células germinativas do ovário é tratada com histerectomia e salpingo-ooforectomia bilateral. Se o tumor estiver localizado em apenas um dos ovários e a paciente ainda deseja ter filhos, apenas o ovário que contém a doença e a trompa de Falópio do mesmo lado serão retirados.
Os tumores estromais de ovário estão muitas vezes confinados a apenas um dos ovários, de modo que a cirurgia pode ser limitada à retirada apenas desse ovário. Se a doença se disseminou, mais tecido terá que ser retirado. Isso pode implicar numa histerectomia e salpingo-ooforectomia bilateral e ainda a cirurgia de diminuição do tamanho do tumor.
Às vezes, após o término da gravides, a cirurgia para retirar o outro ovário, a outra trompa de Falópio e o útero pode ser indicada, tanto para tumores de células germinativas quanto de estromais.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 05/01/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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