[MATÉRIA] Câncer e Trabalho: Hora de parar e retornar
Pacientes oncológicos, via de regra, são compelidos a parar de trabalhar em determinado momento do tratamento.
Em alguns casos, a licença do trabalho restringe-se ao período de uma cirurgia e a sua recuperação. Em outros, o tempo de parada tende a se estender mais, como por exemplo, quando o paciente enfrenta complicações ou trata uma doença em estágio avançado. Ademais, há casos em que o paciente será obrigado a aposentar-se prematuramente por invalidez.
Temporariamente ou não, a cessação do trabalho assim como o retorno à atividade laboral são sempre razões de impacto e que exigem a reflexão do paciente, para que tome a decisão mais adequada e no seu tempo.
A presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, orienta os pacientes a conduzirem a situação com tranquilidade. "Também, paciente, você não precisa encarar a situação sozinho! Dialogue com seu médico e equipe, com um familiar ou amigo próximo, troque informações com outras pessoas que já passaram pelo mesmo”.
E complementa:
"Volte a trabalhar quando possível e se possível! A atividade profissional e o convívio social ajudarão você a tirar o foco da doença e do tratamento”.
Enfrentando desafios: Parar
O profissional autônomo, ou seja, que não trabalha em Regime de CLT, possivelmente enfrentará uma queda brusca em seus rendimentos. Se não possui reservas, poderá ser necessário que recorra à ajuda de familiares ou, ainda, que busque empréstimos ou se desfaça de bens.
Já aquele que trabalha com carteira assinada, terá garantia do auxílio doença - benefício mensal devido ao segurado pelo INSS (Previdência Social) que se encontra incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias em virtude de doença ou acidente.
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Para além das resoluções práticas – Remanejamento do orçamento, agendamento e realização de perícias médicas, etc, o paciente deverá reorganizar a sua vida ‘longe’ do trabalho, de forma a não se sentir angustiado com a impossibilidade de produzir, solitário com o afastamento social.
Sandra
Tintino, 37 anos, é educadora e está ansiosíssima para retornar ao trabalho.
Professora na rede municipal de educação de Taboão da Serra (SP), e "ligada no
220”, como se declara, ela está em licença médica há 8 meses e, nesse período,
vem ocupando seu tempo com muito estudo, leituras, filmes e o convívio com a
família – tão prejudicado pela vida atribulada que sempre levou.
"Já li muitos livros, assisti DVDs, fiz cursos online e aproveitei para me atualizar, algo que minha profissão exige. Tenho feito as refeições com meu esposo e minha filha. Isso é inédito! Sempre trabalhei muito e fui privada desse convívio”.
A educadora, que afirma ter aproveitado a licença também para descansar, quando retornar à jornada laboral terá dois empregos! Isso porque, há algum tempo, teve a feliz notícia de que foi aprovada em um concurso público. Dará aulas, também, em uma escola municipal de São Paulo.
"Passar nesse concurso foi algo que sempre quis e estou muito feliz com a perspectiva de começar, apesar de um pouquinho insegura com a readaptação”.
Com jeito doce e didático de educadora, ela dá um recado importante aos pacientes que compartilham da mesma situação:
"Parar de trabalhar muitas vezes é necessário. Mas não se desespere. A sua vida deve continuar. Aproveite esse tempo para cuidar de você e retorne quando e se possível, com as baterias recarregadas!”.
Um novo começo - Já pensou sobre isso?
É possível que o paciente, quando puder retomar ao trabalho, não esteja apto a realizar a mesma atividade de antes. Mas esse fato pode ser sinônimo de oportunidade, de chance de um novo começo. "O paciente pode descobrir novas habilidades, ou empreender algo que sempre quis, mas nunca teve meios de fazer”, afirma Luciana Holtz. Pacientes que convivem com a doença avançada, por exemplo, e que o dia a dia de tratamentos não permite a regularidade laboral, podem buscar atividades mais leves, que não exijam frequência. Pense sobre isso! |
Ao retornar ao trabalho o paciente também terá desafios a enfrentar. A carga de trabalho com o corpo e as emoções fragilizados, possível reabilitação profissional e mudança de atividade e, muitas vezes, os olhares diferentes da equipe e a ‘ponta de preconceito’ que muitos dizem sofrer.
Inês Terezinha de B. Pacheco, 51 anos,
é assistente social em uma clínica de hemodiálise em Balneário Camboriú (SC).
Em tratamento de um câncer de mama, retornou ao trabalho no dia 1 de julho - 15
dias após a realização da cirurgia.
Ela conta que foi muito bem recebida no local de trabalho, embora tenha sentido certo preconceito ao contar aos colegas que retirou um nódulo maligno da mama.
"Percebi que sentiram dó, pena de mim. Mas não quero isso! Estou sim em tratamento de um câncer, mas sinto-me bem fisicamente e apta a produzir”, declara.
A assistente social acrescenta que, a partir de agora, quer ser um vetor de informações sobre o câncer em seu ambiente profissional, de forma a contribuir com a redução dos estigmas em torno da doença. "Espero que, a partir do relato da minha experiência, possa levar às pessoas com quem convivo a pensarem de forma diferente sobre o câncer. A olharem para a perspectiva da cura. Isso é real”.
Sobre retornar ou não ao trabalho, assim como Sandra, Inês é categórica: "Eu desaconselho qualquer pessoa a prosseguir com a ideia de aposentadoria por invalidez. Vá até o momento que conseguir. Esforce-se para isso. Trabalhar é uma terapia!”.
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