Plantas Medicinais x Fitoterapia. “Se é natural, é seguro” Será?!
Planta medicinal vem da natureza, mas será que realmente tudo o que a natureza produz é sempre seguro?
Entenda um pouco mais sobre essa questão e adote um comportamento mais seguro frente ao seu tratamento do câncer.
Qual a diferença entre fitoterápicos e plantas medicinais?
Fitoterápicos são considerados medicamentos produzidos a partir de partes de plantas (folha, caule, raiz, semente, etc.) cuja eficácia e segurança foi assegurada no tratamento de determinadas doenças. Passam por testes de qualidade e são registrados no órgão federal de vigilância sanitária (ANVISA) antes de serem comercializados.
Planta medicinal é a espécie vegetal. Partes da planta é utilizada para aliviar ou curar enfermidades com base em seu uso na população ou comunidade. Não são submetidas a um processo industrializado de fabricação e controle de qualidade. Normalmente é utilizada no preparo de chás.
Qual a vantagem de utilizar um fitoterápico ao invés da planta medicinal?
O processo de fabricação do fitoterápico evita contaminação por microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas. É submetido a um processo de produção padronizado, de modo que a cada preparo utiliza-se uma quantidade correta e a forma certa da planta, permitindo uma maior segurança no uso.
Por que se preocupar com o uso de plantas medicinais?
As plantas possuem muitas substâncias químicas. Algumas podem ser muito úteis no alívio de enfermidades, outras podem ser perigosas. Dependendo de qual parte da planta está sendo utilizada, o tipo e a quantidade dessas substâncias químicas variam. Assim, por exemplo, o conteúdo das folhas não é necessariamente o mesmo das raízes, de modo que uma parte da planta pode trazer benefício terapêutico e a outra parte causar algum tipo de dano.
Atenção - Em 2009 foram registrados no Brasil mais de 1200 casos de intoxicação por plantas.
E o uso de plantas no tratamento do câncer? É fato ou mito?
Essa uma curiosidade bastante interessante pelo fato que muitos agentes quimioterápicos são derivados de plantas, como é o caso da vincristina e do paclitaxel. Os pesquisadores testaram produtos químicos presentes na planta, identificaram aqueles que eram realmente citotóxicos (matam a célula cancerígena) e após isso, submeteram a rigorosos estudos de segurança e eficácia durante anos de pesquisa clínica em seres humanos. Hoje são fabricados em larga escala pela indústria farmacêutica.
Apesar disso, infelizmente muitas plantas demonstram bons resultados nos estudos em laboratório (nas células cancerígenas) e depois não apresentam os mesmos efeitos em humanos. Mas a pesquisa não para e com isso há um caminho promissor para novas descobertas.
Por isso é importante ficar atento a "falsas promessas”. Nem sempre o que dá certo no laboratório tem o mesmo resultado no humano. Nem sempre o bom resultado na destruição de células de um tipo de tumor significa que seja capaz de destruir todas as células de todos os tipos de tumores. Lembre-se: existem mais de 100 tipos de câncer!!!
Por essa razão já dizia o Dr. Dráuzio Varella " remédio que serve para tudo não serve para nada”. Procure sempre se certificar das informações, verifique a origem e a veracidade, converse com profissionais que possam te esclarecer.
Posso usar fitoterápicos ou plantas medicinais durante o tratamento do câncer?
A maioria das plantas não foi estudada junto com quimioterapia, cirurgia ou radioterapia, de modo que não sabemos o que pode acontecer ao associá-las com o tratamento. Por essa razão, alguns profissionais orientam que o paciente evite seu uso durante o tratamento do câncer.
Por outro lado, há casos em que a ciência já conhece o efeito maléfico da planta quando usada com a quimioterapia, como é o caso da erva de São João (Hypericum), utilizado para o tratamento da depressão. Quando tomado durante o tratamento com irinotecano, pode diminuir o efeito da quimioterapia, por isso é contra indicado que o paciente faça uso da erva de São João quando estiver tratando o câncer com irinotecano.
Converse com seu médico, conte a ele/ela caso faço uso de fitoterápicos ou plantas medicinais. É importante que seu médico saiba o que você faz uso. Não faça uso sem antes informar algum membro da sua equipe de tratamento independente de qual seja a forma de uso da planta ou fitoterápico (uso oral ou sobre a pele).
Referências:
Entenda um pouco mais sobre essa questão e adote um comportamento mais seguro frente ao seu tratamento do câncer.
Qual a diferença entre fitoterápicos e plantas medicinais?
Fitoterápicos são considerados medicamentos produzidos a partir de partes de plantas (folha, caule, raiz, semente, etc.) cuja eficácia e segurança foi assegurada no tratamento de determinadas doenças. Passam por testes de qualidade e são registrados no órgão federal de vigilância sanitária (ANVISA) antes de serem comercializados.
Planta medicinal é a espécie vegetal. Partes da planta é utilizada para aliviar ou curar enfermidades com base em seu uso na população ou comunidade. Não são submetidas a um processo industrializado de fabricação e controle de qualidade. Normalmente é utilizada no preparo de chás.
Curiosidade: No Brasil os chás não são considerados fitoterápicos, são enquadrados como alimentos. |
O processo de fabricação do fitoterápico evita contaminação por microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas. É submetido a um processo de produção padronizado, de modo que a cada preparo utiliza-se uma quantidade correta e a forma certa da planta, permitindo uma maior segurança no uso.
Por que se preocupar com o uso de plantas medicinais?
As plantas possuem muitas substâncias químicas. Algumas podem ser muito úteis no alívio de enfermidades, outras podem ser perigosas. Dependendo de qual parte da planta está sendo utilizada, o tipo e a quantidade dessas substâncias químicas variam. Assim, por exemplo, o conteúdo das folhas não é necessariamente o mesmo das raízes, de modo que uma parte da planta pode trazer benefício terapêutico e a outra parte causar algum tipo de dano.
Atenção - Em 2009 foram registrados no Brasil mais de 1200 casos de intoxicação por plantas.
E o uso de plantas no tratamento do câncer? É fato ou mito?
Essa uma curiosidade bastante interessante pelo fato que muitos agentes quimioterápicos são derivados de plantas, como é o caso da vincristina e do paclitaxel. Os pesquisadores testaram produtos químicos presentes na planta, identificaram aqueles que eram realmente citotóxicos (matam a célula cancerígena) e após isso, submeteram a rigorosos estudos de segurança e eficácia durante anos de pesquisa clínica em seres humanos. Hoje são fabricados em larga escala pela indústria farmacêutica.
Apesar disso, infelizmente muitas plantas demonstram bons resultados nos estudos em laboratório (nas células cancerígenas) e depois não apresentam os mesmos efeitos em humanos. Mas a pesquisa não para e com isso há um caminho promissor para novas descobertas.
Por isso é importante ficar atento a "falsas promessas”. Nem sempre o que dá certo no laboratório tem o mesmo resultado no humano. Nem sempre o bom resultado na destruição de células de um tipo de tumor significa que seja capaz de destruir todas as células de todos os tipos de tumores. Lembre-se: existem mais de 100 tipos de câncer!!!
Por essa razão já dizia o Dr. Dráuzio Varella " remédio que serve para tudo não serve para nada”. Procure sempre se certificar das informações, verifique a origem e a veracidade, converse com profissionais que possam te esclarecer.
Posso usar fitoterápicos ou plantas medicinais durante o tratamento do câncer?
A maioria das plantas não foi estudada junto com quimioterapia, cirurgia ou radioterapia, de modo que não sabemos o que pode acontecer ao associá-las com o tratamento. Por essa razão, alguns profissionais orientam que o paciente evite seu uso durante o tratamento do câncer.
Por outro lado, há casos em que a ciência já conhece o efeito maléfico da planta quando usada com a quimioterapia, como é o caso da erva de São João (Hypericum), utilizado para o tratamento da depressão. Quando tomado durante o tratamento com irinotecano, pode diminuir o efeito da quimioterapia, por isso é contra indicado que o paciente faça uso da erva de São João quando estiver tratando o câncer com irinotecano.
Converse com seu médico, conte a ele/ela caso faço uso de fitoterápicos ou plantas medicinais. É importante que seu médico saiba o que você faz uso. Não faça uso sem antes informar algum membro da sua equipe de tratamento independente de qual seja a forma de uso da planta ou fitoterápico (uso oral ou sobre a pele).
Caso tenha dúvidas entre em contato com nosso Programa de Apoio ao Paciente (PAP) pelo telefone 0800 773 1666 (ligações gratuitas de telefone fixo), das 9h às 17h, de 2af a 6af.
Referências:
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
- American Cancer Society
- Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo: Plantas Medicinais e Fitoterapia
- MD Anderson Cancer Center: Complementary & Integrative Medicine
- Memorial Sloan Kettering Cancer Center: Integrative Medicine
- National Cancer Institute: Complementary and Alternative Medicine
- Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacologicas - SINITOX: Casos de Intoxicação por Plantas
- A importância de tomar sua medicação corretamente
- Interação Medicamentosa
- Qual o modo correto para descartar medicamentos vencidos?
- Onde os medicamentos devem ser guardados?
- Orientações sobre a utilização dos medicamentos
- Aderindo Corretamente ao Tratamento
- Efeitos Adversos Não Esperados – Como e Por que Relatar
- Doutor, o que fará com que você mude ou interrompa o meu tratamento?
- Doutor, como sabemos se esse tratamento é seguro para mim?
- Como monitorar meus efeitos colaterais? Devo dividí-los com meu médico?
- Informação de referência para mais qualidade nos serviços de saúde
- 5 Dúvidas sobre sua Prescrição Médica
- Doutor, como saberemos se esse tratamento está sendo efetivo para mim?
- Medicamentos: Preço é Sinônimo de Qualidade?
- Você sabe o que é Farmacovigilância?
- Conheça a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente
- Quimioterápicos: Referência, Genérico e Similar – Perguntas e Respostas
- Tipos de Medicamentos
- Qualidade no Tratamento e Qualidade do Medicamento
- Qualidade no Tratamento do Câncer
- O Conceito “Qualidade em Saúde”
- Importação de Medicamento pelo Consumidor
- Cuidado com a Automedicação
- Cuidados ao tomar medicamentos