Câncer de fígado
Existem vários tipos de câncer que podem originar-se no fígado:
- Carcinoma hepatocelular. É o tipo mais frequente de câncer de fígado em adultos. O carcinoma hepatocelular tem padrões diferentes de crescimento. Alguns começam como um tumor único e outros surgem como múltiplos nódulos pequenos por todo o fígado, essa última situação é frequente em pessoas com cirrose hepática. Sob o microscópio, os médicos podem distinguir vários subtipos de carcinoma hepatocelular. Na maioria das vezes, esses subtipos não afetam o tratamento ou prognóstico da doença. Entretanto, o câncer de fígado fibrolamelar, um tipo raro, representa menos de 1% dos carcinomas hepatocelulares, e é importante de ser identificado, pois tem um prognóstico melhor. Pacientes com esse tipo de carcinoma hepatocelular são geralmente mulheres com menos de 35 anos.
- Colangiocarcinoma intra-hepático (câncer do ducto biliar). De 10 a 20% dos cânceres que se iniciam no fígado são colangiocarcinomas hepáticos. Esses tumores se formam nas células que revestem os dutos biliares (tubos que levam a bile à vesícula biliar).
- Angiossarcoma e hemangiossarcoma. Esses tumores são raros e começam nas células que revestem os vasos sanguíneos do fígado. Pessoas expostas ao cloreto de vinilo, dióxido de tório, arsênico, rádio ou a uma doença hereditária conhecida como hemocromatose são mais propensas a desenvolver esses tipos de tumores. Esses tumores crescem rapidamente e geralmente estão disseminados quando diagnosticados para serem removidos cirurgicamente. A quimioterapia e a radioterapia podem retardar o avanço da doença, mas esses cânceres geralmente são difíceis de serem tratados.
- Hepatoblastoma. É um tipo muito raro que se desenvolve em crianças, geralmente com menos de quatro anos. As células do hepatoblastoma são similares às células do fígado fetal. Cerca de 2/3 das crianças com hepatoblastoma são tratadas com sucesso com cirurgia e quimioterapia, embora sejam tumores mais difíceis de serem tratados, se estão disseminados além do fígado.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/04/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.