Taxa de sobrevida para leucemia mielomonocítica crônica (LMMC)
As taxas de sobrevida são muitas vezes utilizadas pelos médicos como uma forma padrão para discutir o prognóstico de um paciente.
Existe mais de uma maneira de descrever o prognóstico de um paciente. As estatísticas abaixo falam sobre a sobrevida mediana. A sobrevida mediana é um termo estatístico que indica os 50% da amostra que apresentam determinada característica. A taxa de sobrevida mediana é a porcentagem de tempo para metade dos pacientes em um grupo ir a óbito. Entretanto, esse é um valor médio muitos pacientes vivem muito mais tempo do que isso.
As taxas de sobrevida medianas são calculadas com base em pacientes tratados há vários anos. No entanto, melhorias recentes nas técnicas de tratamento podem resultar em um prognóstico mais favorável para os pacientes que estão sendo agora diagnosticados com leucemia mielomonocítica crônica.
As taxas de sobrevida mediana são baseadas em resultados anteriores de um grande número de pessoas que tiveram a doença, mas não se pode prever o que vai acontecer no caso específico de um determinado paciente. Muitos outros fatores podem afetar o prognóstico de uma pessoa, como idade e estado de saúde geral. Apenas seu médico, que está familiarizado com seu caso, pode dizer como os estatísticos da literatura se aplicam ao seu caso.
Pacientes com LMMC-1 tendem a viver mais do que aqueles com LMMC -2. Em um estudo de pacientes com LMMC diagnosticados entre 1975 e 2005, a média de sobrevida com LMMC-1 e LMMC-2 foram 20 meses e 15 meses, respectivamente. No entanto, alguns pacientes viveram muito mais tempo. Cerca de 20% dos pacientes com LMMC-1 e cerca de 10% dos pacientes com LMMC-2 pacientes sobreviveram mais de 5 anos. Além disso, pacientes com LMMC-2 são mais propensos a desenvolverem leucemia aguda do que pacientes com LMMC-1. No mesmo estudo, 18% dos pacientes com LMMC-1 e 63% dos pacientes com LMMC-2 desenvolveram leucemia mieloide aguda dentro de 5 anos do diagnóstico da LMMC.
Além disso, outros fatores podem ser úteis para prever a sobrevida de pacientes com LMMC, como hemograma, algumas alterações cromossômicas e os níveis sanguíneos de LDH (lactato desidrogenasse).
Devemos lembrar que cada caso é um caso e que por serem dados estatísticos somente dão uma ideia é não uma realidade específica para os pacientes de LMMC. Consulte seu médico sempre que estiver com dúvidas, ele é a pessoa mais indicada para esclarecer seus questionamentos.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 25/10/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.