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Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora...
Adriana -
Tenho 52 anos, sou confeiteira, casada com o Márcio. Sou mãe da Jéssica, que me deu três netos lindos, da Ana Júlia, minha futuro médica oncologista, e do Guilherme, meu jogador de futebol caro.
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Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais?
Adriana -
Fui diagnosticada com câncer de mama em março de 2017. Desde 2011 eu acompanhava com o mastologista, um fibroadenoma.
Quando começou a me incomodar e pedi ao meu médico para retirar. Ele disse que não havia necessidade, mas eu insisti. Para surpresa minha e dele, eu tinha um câncer escondido.
Sim, não foi detectado na mamografia e em 40 dias estava eu novamente no centro cirúrgico para a mastectomia e agora em março de 2023 fui diagnosticada com metástase nos ovários e peritônio, também sem sintomas.
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Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou?
Adriana - A princípio, me senti sentenciada à morte, mas logo me vi diante de duas opções: me entregar ou reagir. Então fui à luta e levei o tratamento com leveza e com muito apoio da família e equipe médica.
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Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento?
Adriana - Minha maior preocupação naquele momento era com meus filhos.
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Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos?
Adriana -
Em 2017 fiz quimioterapia e radioterapia. Tomei TAMOXIFENO e ZOLADEX por 5 anos
(protocolo era de 10 anos), mas agora com a metástase mudou todo o protocolo e hoje estou no terceiro ciclo do Kisqali (Ribociclibe). Estou com poucos efeitos colaterais e aguardando ansiosa para saber se está dando resultado.
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Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê?
Adriana - Todos os tratamentos contra o câncer são difíceis e dolorosos, mas a quimioterapia é sem dúvida a mais difícil (seus efeitos doem na alma).
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Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou?
Adriana - Sempre tive poucos efeitos colaterais. A quimioterapia foi a que mais me judiou, mas o que ajuda muito é manter uma boa alimentação e a cabeça sempre ocupada.
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Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista?
Adriana - Tenho uma boa relação com minha médica, apesar de achar que ela poderia ser sempre mais clara nas suas respostas.
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Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê?
Adriana - Sim, sempre busco uma segunda opinião.
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Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?
Adriana - Bem tensa. Estou no terceiro ciclo do tratamento com Ribociclibe e muito ansiosa aguardando para fazer novos exames de imagem e saber se o medicamento está surtindo efeito positivo.
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Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer?
Adriana - Nunca parei de trabalhar! É a minha terapia.
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Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais?
Adriana - Sim, Apenas saque do FGTS do meu esposo.
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Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?
Adriana - Diagnóstico de câncer não é sentença de morte, mas se você não cuidar de ocupar a cabeça com coisas e pensamentos bons acaba pirando.
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Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?
Adriana - Após conhecer nas redes sociais, pela querida Evelin Scarelli!
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Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?
Adriana - Só continuem!!!
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Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros!
Adriana - Políticos, não esperem que seja você ou um parente querido a ser diagnosticado com câncer para saber o quanto é triste! Lutem por nossos direitos ao tratamento digno e sem demora!