[Câncer de Cavidade Nasal e Seios Paranasais] Fabio Moreira

Aprendendo com Você
Fabio Moreira
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Fabio - Olá, meu nome é Fábio. Sou paulista, nascido em Guarulhos, SP. Sou casado com Cristiane e tenho dois filhos: Felippe, de 17 anos, e Isabella, de 10 anos. Trabalho como mecânico e restaurador de motocicletas.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Fabio - Em fevereiro de 2021, contraí COVID-19, o que causou uma secreção intensa de catarro que não parava, dia e noite. Em abril, um dente do siso ficou mole e precisei extraí-lo. Após uma semana, surgiu uma ferida no céu da boca. Procurei um especialista em buco-maxilo, que realizou exames iniciais e constatou um câncer maligno nos seios da face. Após uma cirurgia para análise, fiz a biópsia, que confirmou um carcinoma, um tipo de câncer de pele na mucosa do seio maxilar direito. O tumor já estava bastante avançado e, um mês após a cirurgia, ele cresceu rapidamente, afetando todo o lado direito da minha cabeça.
  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Fabio - O diagnóstico foi câncer maligno, o que de imediato assusta. No entanto, sou cristão e acredito no poder da cura divina e da ciência. No primeiro momento, entrei em um estado de depressão.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Fabio - No momento em que o médico me informou o resultado, já estava claro que seria difícil. Porém, não deixei a palavra "câncer" me desanimar. Pensei na minha família e decidi lutar para acabar com a doença.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Fabio - Sou uma pessoa muito família. Meus filhos são tudo para mim. Sou casado com a única pessoa com quem tive um relacionamento pela primeira vez, e estamos juntos há 24 anos. Tenho 41 anos. A ideia de morrer sem ver meus filhos terem uma família foi o que mais me fez acreditar que Deus me daria essa benção.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Fabio - Comecei o tratamento em junho de 2021 e finalizei em dezembro de 2021. Foram 6 sessões de quimioterapia com Cisplatina e 38 sessões de radioterapia. Em dezembro de 2021, fiz um exame de PET scan, que não detectou mais células cancerígenas. Graças a Deus.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Fabio - A radioterapia, no início, até a 20ª sessão, estava tranquila. Depois, começou a ficar muito dolorosa na boca e na garganta. Fiz uma gastrostomia e uma traqueostomia, que me ajudaram muito a conseguir me alimentar pela boca.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Fabio - Sentia muito enjoo e cansaço durante a quimioterapia, além de demência e falta de apetite. Não sentia cheiro nem gosto das coisas. Hoje, tenho hipotireoidismo e não produzo mais saliva normal. Fiquei com uma fístula no céu da boca e perdi 3 dentes. Também sinto dores nos músculos do pescoço, tenho intolerância ao frio, fraqueza e ritmo cardíaco baixo, o que me impede de fazer muito esforço.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Fabio - Muito boa . Excelente médico. Bem humano e cuidou muito bem. O da quimioterapia Dr. Felippe Estati e da radioterapia Dr. Fernando.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Fabio - Fiz acompanhamento com psicóloga, fisioterapeuta, nutricionista. Foram para auxiliar no tratamento. Foram bem úteis no tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Fabio - Faço acompanhamento atualmente no SUS em Mogi das Cruzes, SP. Hoje, pelo SUS, as consultas são bem mais demoradas e estou esperando retorno há 1 ano e 6 meses do último exame.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Fabio - Estou em casa. Sem trabalhar por causa da fraqueza e das dores na musculatura do corpo, mas me alimentando normalmente. Vivendo bem.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Fabio - Parei de trabalhar por causa do câncer. Atuei por 3 meses, mas as sequelas atrapalham meu rendimento, tornando difícil continuar na mesma profissão.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Fabio - Recebi 1 ano o auxílio doença. Depois foi cortado pelo INSS. Hoje estou buscando o auxílio por meio judicial.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Fabio - Acredito na cura, que é a melhor coisa que uma pessoa pode imaginar. Não me deixo abater pelos parentes e amigos que, às vezes, me olham com dó, e percebo que eles parecem sofrer mais do que eu, que estou doente.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Fabio -  Fui abençoado pelo convênio da minha esposa, que tinha na empresa em que trabalhou. Acredito que cada município deveria ter um hospital completo para tratamento oncológico, com equipamentos de radioterapia. Além disso, deveria haver medicamentos gratuitos para pessoas de baixa renda e transporte especial para pacientes que nem conseguem se levantar da cama para tomar medicação. Isso seria o básico para tratar uma doença tão delicada.
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