[Câncer de Mama] Fernanda.

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Fernanda - Olá, sou Fernanda, tenho 49 anos, sou solteira, sem filhos, moro na cidade de Aparecida - Vale do Paraíba e trabalho na cidade vizinha, em Guaratinguetá. Trabalho em uma unidade hospitalar, como telefonista.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Fernanda -
    Em junho de 2022, com 48 anos, fui diagnosticada com câncer de mama, seis meses após a minha tia receber o mesmo diagnóstico.
     
    Senti um caroço na mama direita, que também estava um pouco maior que a mama esquerda, mais redonda, a USG foi que detectou que algo não estava bem. Depois de fazer a biópsia o diagnóstico foi confirmado, câncer de mama.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Fernanda - Chorei muito, muito mesmo. Minha irmã me acompanhou na consulta, fiquei paralisada, não conseguia raciocinar, prestar atenção ao que era dito. Quando cheguei em casa é que a ficha caiu; chorei, senti raiva, dormi chorando, acordei chorando, fui trabalhar chorando.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Fernanda - Medo da doença estar em estágio avançado e não poder ser curada. No momento que se recebe esse diagnóstico a primeira coisa que se pensa é na morte.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Fernanda - Passei por uma cirurgia (mastectomia com esvaziamento axilar), quimioterapia (muitas, ainda faço). Não precisei fazer radioterapia. A quatro meses comecei com o bloqueio hormonal. Nas doze primeiras quimioterapias, senti enjôo, fraqueza, perda dos cabelos, perda muscular, dor nas articulações, constipação intestinal e diarréia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Fernanda - A quimioterapia. O começo foi um pouco difícil, por não saber como o corpo reagiria. Tive enjôo (não muito, mas tive) e fraqueza. A distância também, pois faço o tratamento em outra cidade.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Fernanda - Sim. Rezei, pedindo a Deus que aquilo passasse logo. Também seguindo todas as orientações médicas e também da enfermagem, assim consegui amenizar um pouco os sintomas.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Fernanda - A relação é boa. Atenciosa, responde aos meus questionamentos.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Fernanda - Sim. Com uma nutricionista, tive constipação intestinal e diarréia,  a ajuda desse profissional foi muito importante. Consegui me alimentar adequadamente.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Fernanda - Ainda em tratamento, mais aliviada, mais tranquila.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Fernanda - Não continuei trabalhando e ainda estou afastada.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Fernanda - No começo é tudo difícil, quando se descobre no início a chance de cura é grande. Ter alguém da família é muito importante, a caminhada fica menos pesada. Orações, rezar, conversar com Deus e confiar no seu médico, na equipe de enfermagem, seguir suas orientações.
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