[Linfoma de Hodgkin] Kelly Arruda

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Kelly - Meu nome é Kelly Arruda, tenho 29 anos, não tenho filhos. Sou gestora de Recursos Humanos, sou do Rio de Janeiro - RJ,  mas moro no interior.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Kelly - Os sintomas iniciais foram coceiras que passaram desapercebidas, e em 2018 apareceram caroços no pescoço e em baixo dele.
  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Kelly - Não tinha recursos financeiros e o caroço estava grande e crescendo. Com ajuda da família fizemos uma vaquinha, sem ela não conseguiria pagar um cirurgião para a biópsia e nem sequer poderia esperar pelo SUS.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Kelly - Eu tinha muito medo de morrer. Eu achei que era sentença de morte, fiquei tão assustada. Nunca senti tanto medo, foi desolador, é um golpe muito forte.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Kelly - Não conseguir tolerar o tratamento, pois estava bem espalhado.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Kelly - Eu me trato desde então, desde 2019. O linfoma já voltou duas vezes. Eu convivo com a doença.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Kelly - Com certeza é a quimioterapia a parte mais dolorosa e que debilita fisicamente.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Kelly - Os piores são a exaustão após as quimioterapias e sem dúvidas a perda de cabelo e as veias secas.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Kelly - Foi excelente, Dr. Antônio de Pádua é o melhor oncologista do mundo, muito empático e humano.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Kelly - Após o tratamento fiz, tive um apoio. Só não consegui acompanhar por causa da imensa espera para se consultar. Quase seis horas de espera, isso pra um paciente oncológico é exaustivo.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Kelly - Hoje posso dizer que realmente me adaptei à essa realidade, com essa incerteza. Me cuido e meus exames me provam que está dando certo.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Kelly - Eu parei por não ter condições físicas por causa das sequelas dos câncer e do próprio câncer que já gera um cansaço absurdo por si só (linfoma).
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Kelly - Sim, busquei auxílio doença, mas me foi negado, por não estar contribuindo. Hoje busco ajuda com BPC.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Kelly - Não deixe o câncer se tornar maior do que você. Depois que você passa vem uma força e você nasce de novo e é muito melhor que antes.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Kelly - O câncer precisa ser mais divulgado, precisa ter uma gama de profissionais interligados antes, durante e depois do tratamento. O paciente precisa se sentir acolhido e não ter que ir para outras cidades para tratamento. Precisamos de um mínimo de conforto possível.
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