[Câncer de Mama] Maria Rubia Vicente Henrique

Aprendendo com Você

• Essa entrevista foi preenchida em 14/06/2023

• Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Maria - Olá, sou a Rubia. Tenho 34 anos, sou professora de Educação Básica na rede pública do Distrito Federal, sou casada e descobri o câncer com 33 anos.
• Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Maria - Durante o autoexame, que eu realizo com frequência durante o banho, senti um pequeno caroço no seio.
• Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Maria - No primeiro momento foram três meses de busca, porém a primeira opinião médica me deixou insegura e ainda por três vezes cancelaram a minha core byops, então fui em busca de uma segunda opinião, a partir daí iniciei o meu tratamento.
• Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Maria - Fiquei surpresa, primeiro momento anestesiada, mas logo procurei dar início ao tratamento sempre procurando ficar tranquila, pensamento positivo, mas é um momento muito delicado e difícil, um mix de emoções e incertezas.
• Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Maria - Definitivamente tudo, plano de saúde, como seria a quimioterapia, se eu teria muitos efeitos colaterais.
• Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Maria -
  Já finalizei a quimioterapia, foram 4 vermelhas e 4 brancas. Senti muita dormência e formigamento nos pés durante a quimioterapia branca, um dos piores momentos.
   
  Estou ainda bastante inchada e depois de um mês do encerramento da quimioterapia a minha sobrancelha e cílios começaram a cair.
• Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Maria - Quimioterapia branca, muito formigamento, meu corpo formigava tanto que eu mal podia me tocar, banhar era uma tortura. 
• Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Maria - Fiquei um pouco enjoada, mas para aliviar tomava água com gás e limão e para aliviar o formigamento fazia uso de bolsa de gelo.
• Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Maria - Como fiz o tratamento pelo SUS, toda consulta era um médico diferente, alguns foram muito solidários comigo.
• Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Maria - Tenho sido acompanhada por um médico geneticista, com isso há uma grande chance do câncer ter ocorrido por conta de uma mutação genética. O resultado do exame saiu inconclusivo, então depois da cirurgia vou realizar o exame de colonoscopia para confirmar o diagnóstico.
• Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Maria - Voltei a realizar algumas atividades rotineiras, como academia e estudos.
• Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Maria - Em nenhum momento me ausentei do trabalho, mesmo com todas as dificuldades consegui conciliar tratamento e trabalho.
• Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Maria - Não, um dos planos me negou a contratar por conta da doença.
• Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Maria - Buscar uma segunda opinião médica, apoio psicológico e entrar em contato com rede de apoio e ONGs.
• Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Maria - Diagnóstico precoce, maior acesso aos exames para realizar o tratamento, mais opções de técnicas e uma mudança em relação as operadoras de planos de saúde que contribuam e facilitem o tratamento de pacientes oncológicos.