[] [SARCOMA DE REGIÃO PLANTAR] Victor Rafael F. Brito
Aprendendo com Você
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Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?
Victor Brito - Victor Rafael de Freitas Brito, Tenho 33 anos, nascido em 15 de maio de 1981, Rio de Janeiro, RJ. Sou militar, Capitão do Exército, e atualmente moro no Rio de Janeiro. Praticava exercícios físicos regularmente até os incômodos na região plantar do pé direito se tornarem constantes (abril de 2014).
Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?
Victor Brito - Victor Rafael de Freitas Brito, Tenho 33 anos, nascido em 15 de maio de 1981, Rio de Janeiro, RJ. Sou militar, Capitão do Exército, e atualmente moro no Rio de Janeiro. Praticava exercícios físicos regularmente até os incômodos na região plantar do pé direito se tornarem constantes (abril de 2014).
Instituto Oncoguia - Qual seu tipo de câncer ?
Victor Brito - Sarcoma de células claras na região plantar do pé direito.
Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?
Victor Brito - Desde o 1º semestre do ano de 2012, sentia incômodos na região plantar do pé direito. Geralmente estes incômodos ocorriam no momento do treinamento físico, realizando corridas ou jogando futebol.
Não procurei atendimento médico, pois o incômodo era muito incipiente, fazendo-me acreditar que o problema passaria rapidamente.
Em 2014, iniciei o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, e os incômodos na região plantar do pé direito continuaram.
No dia 23 de abril de 2014 notei que meu pé direito encontrava-se ligeiramente inchado.
Inicialmente, não pensei que fosse algo grave, mas percebendo que a dor aumentava, procurei a emergência e, entre exames e consultas, o ortopedista solicitou uma ressonância magnética, que detectou uma fratura na base do quinto metatarso e formação cística na face lateral do pé.
Depois de algum tempo, o ortopedista percebeu que meu pé direito continuava muito inchado e, no dia 15 de setembro de 2014, realizei a primeira cirurgia para a retirada do suposto "cisto”, que mais tarde ficaria sabendo que este procedimento havia sido feito de maneira incorreta, pois o local foi abordado por um médico não especialista.
Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu?
Victor Brito - No dia 1º de outubro de 2014, recebemos uma ligação do laboratório. Minha esposa recebeu o laudo e avisou meu primo, Thiago França, enfermeiro oncologista, me ligou para dar a notícia.
Inicialmente, perdi o chão. Chorei como nunca havia chorado em minha vida, mas no dia seguinte consegui me recuperar e iniciar a luta.
Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento?
Victor Brito - Neste momento, pensei em diversas hipóteses e a mais forte delas era minha morte e a possibilidade de deixar minha esposa e meu filho prematuramente.
Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso?
Victor Brito - Meu primo conversou muito comigo sobre este tipo de neoplasia e pediu para que eu ficasse forte, pois, a partir daquele momento, a batalha a ser travada seria dura. Disse que não me esconderia nada, pois todas as decisões deveriam ter o meu consentimento. Tomou a frente da situação e orientou-me sobre como proceder diante do problema. Balançado, tive que iniciar a luta, com exames e consultas.
Quando fizemos as tomografias de Crânio, tórax e o abdome, não foi identificado nada de anormal, senão alguns pequenos nódulos pulmonares característicos de possíveis calcificações.
A partir desse momento, passaram-se 40 dias de estadia da doença e reabordagem cirúrgica (nova cirurgia) do pé direito para ampliação de margem de segurança, o que significou a retirada de grande extensão da parte inferior do pé e amputação de toda lateral externa do pé (dedo mínimo e o 5º metatarso).
Havia grande probabilidade de amputação da perna direita. Tudo isso pelo fato de a primeira abordagem cirúrgica ter sido realizada de forma inadequada, o que complicou o meu caso, visto que era considerado "tumor mexido”.
Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento?
Victor Brito - Sim. Realizei cirurgia com amputação de todo 5º raio do pé direito, além de tendões e músculos. Ainda realizei enxerto com tecido da coxa esquerda. Terminei a radioterapia e estamos realizando acompanhamento dos pulmões através de tomografias.
Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?
Victor Brito - No meu caso, acredito que a cirurgia foi o tratamento mais difícil. Iniciei a cirurgia com a possibilidade de amputação da perna direita e, para isso, tive que autorizar o cirurgião a realizar tal procedimento, se necessário fosse. Só fiquei sabendo que não havia amputado a perna após o término da cirurgia. Após esse pequeno susto, tive que ficar por quase 1 mês e meio de cama, para não correr o risco de perder o enxerto feito no pé, pois a radioterapia dependia da total cicatrização desta cirurgia.
Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?
Victor Brito - Foram poucos, mas tive. Fiz a radioterapia, mas não tive qualquer grau de radiodermite, porém o pé ficava muito inchado.
Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?
Victor Brito - A melhor possível. Hoje sei que o meu médico (cirurgião oncológico) foi um anjo enviado por Deus. Cuidou do meu caso com muito respeito, seriedade e muita vontade. Sempre me passou muita confiança sobre o que seria realizado.
Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou?
Victor Brito - Como o caso foi muito complexo, mantive constante ligação com o Oncologista-clínico, Cirurgião-oncologista, Micro-cirurgião (que realizou o enxerto) e meu primo, enfermeiro que se responsabilizou pelos curativos pós-cirúrgicos.
Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento psicológico?
Victor Brito - Não.
Instituto Oncoguia - E com nutricionista?
Victor Brito - Até o presente momento, não. Ganhei peso durante o período que passei de cama. Será uma das minhas próximas metas.
Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?
Victor Brito - Ainda estou em tratamento. Comparando as três tomografias, notou-se que houve pequenos aumentos dos nódulos identificados, caracterizando possíveis implantes secundários. Neste momento aguardo consulta com o clínico.
Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?
Victor Brito - Estou contando com o apoio irrestrito de diversas pessoas (familiares e amigos), mas destaco minha esposa, meus pais e minha sogra. Estou me deslocando de muletas e sem a possibilidade de dirigir. Ainda não iniciei a fisioterapia. Procuro brincar muito com meu filho de vídeo game, pois permaneço a maior parte do tempo na cama, pois o pé ainda sente os efeitos da radioterapia.
Continuo em uma rotina de consultas e exames, mas também dedicamos uma parte do nosso dia às orações a Deus, pois sem essa força fica praticamente impossível sustentar o peso desse problema.
Instituto Oncoguia - Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.
Victor Brito - Continuo afastado temporariamente e como sou militar não sei ainda se serei reformado ou não. Mas ficar em casa remoendo o problema não levará a nada, por isso eu e minha esposa resolvemos, em meio a esse furacão, iniciar um novo projeto, uma loja virtual de calçados: Wanessa Batista Calçados
Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?
Victor Brito - Chore! Chore muito! Mas depois erga sua cabeça e lute com todas as suas forças pela sua vitória. Ore muito a Deus, pois sem Ele, não conseguiremos a força necessária para enfrentar esse difícil problema.
Conte seu problema aos amigos e aceite ajuda de coração aberto. A palavra, por mais que não resolva seu problema, conforta o espírito e dá a sensação de que o peso do fardo que estamos carregando fica mais leve.
Tenha muita fé!
Um dia me perguntaram se eu acredito que todo corpo possui um espírito...eu acredito que todo espírito possui um corpo. A nossa força espiritual é infinitamente maior que a do corpo físico, por isso acredito que a nossa fé tem um poder infinito.
Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?
Victor Brito - Primordial. Mas além da informação, você deve se conhecer. Todos temos uma força infinita, pois temos um Pai muito poderoso. Tenho como lema uma frase de Sun Tzu, que diz: "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas.”
Instituto Oncoguia - Você buscou se informar?De que maneira?
Victor Brito - Eu não tinha muita informação sobre o câncer e, no momento do diagnóstico, fiquei perdido. Nesse momento, meu primo Thiago França, enfermeiro oncologista, me devolveu o chão, tomando a frente de todas as situações e me conduzindo pelo melhor caminho. Além disso, as minhas dúvidas eram todas retiradas pelos médicos.
Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?
Victor Brito - Um amigo, que está passando por uma leucemia, compartilhava links do Oncoguia no facebook.
Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?
Victor Brito - Não, pois a forma que vocês abordam o problema é muito especial, tornando leve a leitura sobre algo tão assustador. Continuem com esse trabalho tão valoroso.
Instituto Oncoguia - Você sabia que possuímos um trabalho focado na melhoria da situação do Câncer no Brasil? Estamos sempre em contato com políticos e gestores que podem ajudar a melhorar as políticas públicas brasileiras relacionadas ao câncer. Se você fosse mandar um recado para um político, o que você gostaria que mudasse ou melhorasse considerando tudo o que você passou?
Victor Brito - Não tive problemas quanto ao meu tratamento visto que foi realizado 100% no particular, porém percebi que o tempo decorrido de 40 dias para estadiamento e cirurgia do meu pé contribuiu sobremaneira para o meu psicológico e de meus familiares, devendo este prazo ser buscado pelas autoridades.
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