[Câncer de Mama] Viviane Potier

Aprendendo com Você
Viviane Potier
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Viviane - Tenho 44 anos. Sou assistente social e cantora católica, tenho dois filhos, casada e moro em São José Grande, Florianópolis - SC.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Viviane -
    Eu estava amamentando e percebi dois nódulos na mama direita, inicialmente pensei que era leite empedrado fiz massagens e esvaziamento da mama e aguarei uns 15 dias.
     
    Percebi que não houve alteração e resolvi procurar o posto de saúde para solicitar um exame para identificar se estava com algum problema.
  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Viviane - Como tudo aconteceu durante bem no início da pandemia foi tudo muito rápido, houve um esvaziamento das clinicas e consultórios e consegui agilidade nesse processo. Descobri três nódulos, dois na mama e um na axila.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Viviane -
    Eu fiquei assustada mas não me desesperei, procurei resolver tudo com agilidade. Precisei interromper a amamentação do meu filho de um dia para o outro e percebi que precisava ser forte para que ele não sofresse muito e assim aconteceu.
     
    Foi difícil mas a minha segurança e certeza do melhor acalmou o seu coração e nos despedimos lindamente, tiramos fotos, conversamos, rezamos e foi muito sereno e emocionante. Enquanto amamentava eu e ele nos olhamos e rezamos juntos. Foi lindo... Nós conseguimos. No outro dia eu voltei para casa com o catéter com curativos e ele entendeu que mamãe precisava de cuidados.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Viviane - As crianças foram minha maior motivação de encarar tudo isso com leveza e alegria. Eu me arrumava para eles, cortamos o meu cabelo juntos e foi muito desafiador. A Fé me ajudou neste processo, assistia a missa pela TV todos os dias e procurava rezar, falar com Deus e escrever. Fiz uma música que traduziu muitos pensamentos.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Viviane -
    Já finalizei o tratamento. Fiz 16 Sessões de quimioterapia, 18 de imunobiológicos, mastectomia Total e 15 Sessões de RDT. A quimioterapia foi um desafio, fiquei muito sensível.
     
    Depois da cirurgia tive trombose e continuo tratamento até hoje. A drenagem linfática para mim é importante para aliviar as dores no braço direito e a mama direita que fica com contratura devido a radioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Viviane - A quimioterapia porque a alimentação é algo muito importante eu perdi muito a massa magra e está um desafio recuperar devido uma situação de saúde anterior ao câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Viviane - Um dos efeitos colaterais foi a pele sensível, fiz uso de cremes hidratantes oncológicos que ajudaram muito. Outro ponto é a perda de massa magra, impactou muito minha mobilidade hoje uso andador e cadeira de rodas.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Viviane - Bem transparente e tranquila, tive muito suporte.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Viviane - Nutricionista para orientações, ortopedista devido minha deficiência física, dermatologista unhas e pele sensível, cardiologista tive que fazer uso de medicação durante o herceptin alguns episódios de aceleração cardíaca.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Viviane - Não. Eu tive a oportunidade de fazer algumas sessões de Coaching Oncológico que me ajudou a organizar a minha rotina.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Viviane - Estou me recuperando bem, me preparando para um novo tratamento ortopédico.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Viviane - Trabalho de casa por causa da minha situação física, estou com mobilidade reduzida.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Viviane -
    Procurar organizar a vida para viver o tratamento com mais tranquilidade, verificar a rede de apoio, conversar muito com o médico não ver muita coisa na internet dá desespero e principalmente fortalecer a Fé, fazer algo que gosta, realizar sonhos que sejam possíveis durante o tratamento mesmo.
     
    Eu fiz isso, gravei uma música dias depois da ultima quimioterapia e gravei um clipe dias antes da cirurgia e foi ótimo. Minha música se chama Tudo Vai passar, porque eu acreditava que tudo seria um tempo, que tudo passaria e eu daria sentido para minha nova vida. Eu sempre soube que meu corpo iria mudar depois da cirurgia e entendi que eu teria um novo corpo para uma nova vida.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Viviane - Pelo Instagram.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Viviane - Mais incentivo financeiro para pesquisas e exames genéticos eu precisei pagar o meu e foi muito caro e que todas as mulheres com Her2 positivo possam fazer o ciclo de 18 doses de herceptin e Pergeta mesmo sem metástase no SUS e não apenas 17 doses de Herceptin e sem Pergeta porque não tem metástase.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho

Precisa de ajuda? Fale com o Oncoguia aqui!