Vivendo com sarcoma de partes moles
Para muitos pacientes com sarcoma de partes moles, o tratamento pode remover ou eliminar o câncer, mas chegar ao fim do tratamento pode ser estressante. Ao mesmo tempo em que o paciente se sente aliviado com o término do tratamento, fica a preocupação de uma recidiva ou metástase. Esse é um sentimento muito comum para a maioria dos pacientes que teve sarcoma de partes moles.
Em outros pacientes, o câncer pode não desaparecer completamente. Esses pacientes continuarão realizando tratamentos regulares com quimioterapia, radioterapia ou outras terapias para tentar manter a doença sob controle.
A vida após o câncer significa voltar a realizar suas atividades e também a fazer novas escolhas.
Cuidados no acompanhamento
Quando o tratamento termina, os médicos acompanharão o paciente de perto por alguns anos. Por isso, é muito importante comparecer a todas as consultas de seguimento. Nessas consultas, o médico sempre examinará o paciente, verificando os possíveis efeitos colaterais e solicitará alguns exames de laboratório ou de imagem para acompanhamento e reestadiamento da doença.
Quase todo o tratamento do câncer pode ter efeitos colaterais, sendo que alguns podem durar algumas semanas, mas outros podem ser permanentes. Converse com o médico sobre quaisquer sintomas ou efeitos colaterais apresentados para que ele possa lhe orientar sobre a melhor forma de gerenciá-los.
Dados médicos
Por mais que você queira deixar a experiência para trás ao fim do tratamento, é também muito importante que você mantenha arquivados os exames médicos e outros dados.
Mantenha cópias dos seguintes documentos: laudo de patologia e de qualquer biópsia ou cirurgia; relatório de alta hospitalar; relatório do tratamento radioterápico; relatórios dos tratamentos com quimioterapia e terapia-alvo, incluindo medicamentos utilizados, doses e tempo do tratamento; e exames de imagem.
Como diminuir o risco do câncer progredir ou recidivar
Se você tem (ou teve) um sarcoma de partes moles, provavelmente quer saber se existem coisas que você possa fazer para diminuir o risco de uma recidiva ou de ter um novo sarcoma de partes moles.
Adotar comportamentos saudáveis, como não fumar, comer bem, ser ativo e manter um peso saudável podem ajudar, mas não se sabe com certeza se esses comportamentos por si só são suficientes. Ainda assim, essas mudanças têm efeitos positivos sobre a saúde que podem se estender além do risco do sarcoma de partes moles ou outros tipos de câncer.
Suplementos dietéticos
Até o momento, nenhum suplemento dietético, incluindo vitaminas, minerais e produtos fitoterápicos, mostrou que pode diminuir o risco de progressão ou recidiva do sarcoma de partes moles. Isso não significa que nenhum suplemento ajudará, mas é importante saber que nenhum deles é eficaz.
Se você está pensando em tomar qualquer tipo de suplemento nutricional, converse antes com o médico, para decidir quais você deve usar com segurança, evitando aqueles que podem ser prejudiciais.
Se o câncer voltar?
Se o sarcoma de partes moles voltar em algum momento, suas opções de tratamento dependerão da localização da recidiva, de quais tratamentos já foram realizados e de seu estado geral de saúde.
Risco de desenvolver um segundo câncer após o tratamento
As pessoas que tiveram um sarcoma de partes moles ainda podem ter outros tipos de câncer. De fato, os pacientes que tiveram sarcoma de partes moles têm um risco aumentado de desenvolver outros tipos de câncer. Converse com seu médico para determinar se você tem esse risco.
Suporte emocional
Algo que ajuda muito o paciente com sarcoma de partes moles a enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Independente de como, o importante é que você encontre em algo ou em alguém essa ajuda, seja nos familiares, nos amigos, em ex-pacientes, em sites sobre a doença ou até em sua própria fé. Você não precisa passar por tudo isso sozinho, seus familiares e amigos podem e querem ajudar você. Não se feche na doença, esteja disposto a ouvir o que os outros têm a lhe dizer.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 06/04/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.