Novidades no Tratamento do Osteossarcoma

Muitas pesquisas sobre osteossarcoma estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços no tratamento da doença.

  • Entendendo o osteossarcoma

Uma grande parte das pesquisas está voltada a um melhor entendimento de como as alterações em certos genes no DNA tornam as células normais em células cancerígenas. Isso pode, eventualmente, levar ao desenvolvimento de tratamentos específicos que exploram essas alterações. Por exemplo, os pesquisadores descobriram que as células do osteossarcoma têm grandes quantidades da substância GD2 em suas superfícies. Medicamentos que têm como alvo a GD2 já são usados para tratar o neuroblastoma. Novos imunoterápicos que têm como alvo o GD2 estão em estudo para uso contra o osteossarcoma.

Alguns ensaios clínicos em andamento incluem testes com o perfil de expressão genética para ajudar a prever o comportamento de cada tumor, por exemplo, como eles respondem a certos tipos de quimioterapia ou terapias-alvo.

Tratamento

Grandes avanços foram feitos no tratamento de osteossarcoma nas últimas décadas. Existem muitos ensaios clínicos com foco no tratamento de osteossarcoma utilizando uma variedade de estratégias.

  • Cirurgia

Atualmente, os médicos compreendem melhor o desenvolvimento e disseminação dos osteossarcomas. Isto, aliado aos novos exames de imagem, que permitem uma melhor definição da extensão do tumor, possibilita um melhor planejamento cirúrgico de modo a remover a doença, poupando o tecido normal tanto quanto possível.

Alguns tipos mais recentes de próteses internas podem agora ser expandidos sem a necessidade de novos procedimentos cirúrgicos. Isto é especialmente importante para as crianças, que não necessitam mais tantas cirurgias para substituição da prótese à medida que crescem.

  • Radioterapia

As células do osteossarcoma não são facilmente destruídas pela radioterapia, exigindo doses mais altas de radiação, o que pode provocar efeitos indesejados. Isto limita o uso da radioterapia, uma vez que doses altas  de radiação podem causar efeitos colaterais importantes. Novos tipos de radioterapia permitem focar a radiação com precisão no tumor. Isto limita as doses recebidas pelos tecidos saudáveis ​​próximos e permite que doses altas de radiação sejam administradas diretamente no tumor.

Radioterapia de intensidade modulada (IMRT). É um exemplo de uma nova forma de radioterapia. Esta técnica permite a administração de altas doses de radiação no volume alvo, minimizando as doses nos tecidos normais adjacentes de forma muito eficaz.

Radiocirurgia estereotáxica. A radiocirurgia é uma técnica  de tratamento que envolve a administração de altas doses de radiação em uma única fração ou em poucas frações, em múltiplos ângulos de incidência.

Uma abordagem mais recente é a utilização de partículas radioativas. Um exemplo é a radioterapia com feixe de prótons, que utiliza um feixe de prótons em vez de raios X para destruir as células cancerígenas. Ao contrário dos raios X, que liberam energia antes e depois de atingirem seu alvo, os prótons causam poucos danos aos tecidos que atravessam, liberando sua energia após uma determinada profundidade no tecido, ou seja, no volume alvo. A IMRT e a radioterapia com feixe de prótons são úteis para tratar tumores, como aqueles na coluna vertebral ou ossos da pelve.

Uma abordagem ainda mais recente utiliza íons de carbono, que são mais pesados ​​do que os prótons e provocam mais danos às células cancerígenas. Essa terapia ainda está em estágio inicial de  desenvolvimento.

Os pesquisadores estão também estudando o uso de novos medicamentos radioativos, como o rádio 223, para tratar osteossarcomas avançados.

  • Quimioterapia

Estão em andamento vários estudos clínicos para determinar as melhores combinações de medicamentos quimioterápicos, bem como o melhor momento para serem administrados. Novos quimioterápicos também estão em estudo.

Como os pulmões são os locais mais frequentes de disseminação do osteossarcoma, formas inaladas de algumas drogas quimioterápicas estão sendo estudadas para pacientes com metástases pulmonares. Os primeiros resultados desses estudos são promissores.

  • Imunoterapia

Estudos clínicos estão avaliando maneiras de ajudar o sistema imunológico do paciente a reconhecer e atacar às células do osteossarcoma. Por exemplo:

  1. Os medicamentos denominados inibidores do ponto de controle do sistema imunológico podem às vezes ajudar o sistema imunológico do corpo a reconhecer e atacar as células cancerígenas. Alguns desses medicamentos já mostraram ser úteis contra muitos tipos de câncer, e alguns deles estão sendo estudados para uso contra o osteossarcoma.
  2. Um medicamento imunomodulador experimental, denominado mifamurtida, mostrou que pode ajudar alguns pacientes quando adicionado à quimioterapia.
  3. Os anticorpos monoclonais são proteínas que se ligam a um alvo específico no corpo e que podem ajudar o sistema imunológico a encontrar e destruir as células cancerígenas. Os anticorpos direcionados contra o GD2 e outras substâncias nas células do osteossarcoma estão sendo testados em estudos clínicos.
  4. Os pesquisadores também estão estudando a terapia do receptor de antígeno quimérico de células T (T-CAR) para uso contra o osteossarcoma.
  • Terapia-alvo

As terapias alvo são um grupo de medicamentos que visam moléculas específicas nas células cancerígenas. Algumas delas são versões produzidas de proteínas do sistema imunológico, conhecidas como anticorpos monoclonais, que se ligam a determinadas proteínas nas células cancerígenas para frear seu crescimento ou destruí-las. Um exemplo é o dinutuximab que tem como alvo a GD2, uma proteína importante para o crescimento das células cancerígenas.

Muitas terapias-alvo estão sendo estudadas para uso contra o osteossarcoma, incluindo medicamentos que afetam a capacidade do tumor de formar novos vasos sanguíneos, como o sorafenibe, pazopanibe, lenvatinibe e cabozantinibe.

  • Medicamentos para os ossos

Os medicamentos que têm como alvo os osteoclastos também podem ser úteis contra o osteossarcoma.

  1. Os bisfosfonatos são um grupo de medicamentos que já são usados para tratar a osteoporose e certos tipos de câncer que se disseminaram para os ossos. Alguns destes medicamentos, como o pamidronato e o ácido zoledrônico, também estão sendo estudados para uso em pacientes com osteossarcoma.
  2. Denosumabe é um anticorpo monoclonal que tem como alvo a proteína RANKL, que normalmente ajuda os ossos a crescerem. Atualmente está sendo estudado para uso contra o osteossarcoma.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 08/10/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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