Novidades no tratamento do tumor de Ewing
Muitas pesquisas sobre tumores de Ewing estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços nas áreas de diagnósticos e tratamentos da doença. Confira alguns.
- Diagnóstico
Os pesquisadores estão desenvolvendo novas técnicas para diagnosticar com mais precisão os tumores de Ewing. Novos exames de laboratório das amostras de tumores estão sendo estudados para ajudar a identificar a doença e fornecer mais informações sobre como os tratamentos específicos podem ser usados para curar o tumor.
- Radioterapia
Os tumores de Ewing são sensíveis à radioterapia, mas em função de seus possíveis efeitos colaterais, geralmente é administrada apenas se, por algum motivo, a cirurgia não puder ser realizada. As técnicas atuais de radioterapia permitem o tratamento focando a radiação no tumor, reduzindo a dose nos tecidos adjacentes saudáveis do corpo.
- Quimioterapia
Os pesquisadores estão estudando novas combinações de quimioterápicos, incluindo topotecano, irinotecano, temozolomida, gencitabina, docetaxel e mitramicina.
Os pesquisadores também estão tentando fazer com que os medicamentos utilizados atualmente sejam mais eficazes alterando a forma de administração. Por exemplo, eles descobriram que administrar o esquema de quimioterapia VAC/IE com mais frequência, ou seja, a cada duas semanas em vez de a cada três semanas, parece reduzir a probabilidade da recidiva de tumores de Ewing localizados, sem aumentar o risco de efeitos colaterais importantes. Isso é denominado quimioterapia resumida.
Os pesquisadores também estão estudando o uso da quimioterapia de altas doses com o transplante de células-tronco em pacientes com tumores de Ewing não susceptíveis aos tratamentos atuais.
- Terapia-alvo
Os avanços na compreensão das alterações genéticas que causam os tumores de Ewing vêm sendo utilizados para desenvolver exames de laboratório mais sensíveis para diagnosticar esse tipo de câncer. Atualmente, os pesquisadores estão estudando a melhor forma de usar esses exames para orientar na escolha do tratamento. Os estudos sobre as alterações genéticas dos tumores de Ewing também podem levar ao desenvolvimento de novos medicamentos que têm como alvo as proteínas que parecem ser responsáveis por esses tumores.
Alguns desses medicamentos que têm como alvo as células tumorais de Ewing já estão sendo testados. Por exemplo, o TK216 é uma terapia-alvo que tem como alvo a principal proteína de fusão nas células tumorais de Ewing, que se acredita que ajude essas células a crescer. Os primeiros estudos com esse medicamento em pacientes com tumores de Ewing estão em andamento.
Também estão sendo testados em estudos clínicos os medicamentos que têm como alvo o receptor do fator de crescimento análogo à insulina 1 (IGF-1R), que faz com que elas cresçam. Estudos preliminares mostraram que medicamentos como o ganitumabe, reduziram alguns tumores de Ewing e retardaram o crescimento de outros. Esses medicamentos podem responder melhor quando combinados com outras drogas.
Outros medicamentos que estão em fase de estudo para uso nos tumores de Ewing incluem:
- Medicamentos que têm como alvo proteínas que ajudam os tumores a crescer e formar novos vasos sanguíneos, como cabozantinibe e regorafenibe.
- Medicamentos que têm como alvo a proteína PARP, como olaparibe e talazoparibe.
- Medicamentos que afetam os genes ativos em uma célula, como vorinostat e seclidemstat.
- Imunoterapia
Alguns tipos mais recentes de imunoterápicos, como os inibidores do controle imunológico e terapias com células T CAR, se mostraram promissores no tratamento de outros tipos de câncer, e algumas dessas abordagens estão sendo estudadas para uso no tratamento do tumor de Ewing. Entretanto, esses tratamentos ainda estão em fase inicial de pesquisa.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 25/05/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.