A via biliar
As vias biliares são o conjunto de ductos encarregados de transportar a bile até à vesícula, onde a secreção se armazena e posteriormente, segue até ao intestino delgado, onde exerce a sua ação digestiva. Abrangem, portanto, uma série de ductos intra-hepáticos e outra série de ductos extra-hepáticos, que se encontram dentro e fora do fígado respectivamente.
A confluência dos canalículos e dos pequenos ductos biliares dá lugar à formação de dois ductos biliares maiores que emergem da parte inferior do fígado: o ducto hepático direito e o esquerdo. Pouco antes da sua saída do fígado, ambos se unem e formam o ducto hepático comum, com cerca de três cm de comprimento, que se divide em duas ramificações: o ducto cístico, que chega até à vesícula biliar, e o colédoco, que chega até o duodeno depois de atravessar a cabeça do pâncreas.
O colédoco termina na segunda parte do duodeno, numa dilatação da parede duodenal conhecida como ampola de Vater ou papila maior, onde também termina o ducto que drena as secreções do pâncreas. As fibras musculares localizadas na parede duodenal que contorna a saída do colédoco formam uma espécie de válvula, o esfíncter de Oddi, cuja contração ou relaxamento regula a passagem da bile para o interior do intestino.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 02/03/202, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.