Novidades no tratamento do tumor de Wilms
Muitas pesquisas sobre o tumor de Wilms estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em genética e tratamentos. Confira alguns deles.
- Genética
Os pesquisadores continuam buscando como as alterações em determinados genes causam os tumores de Wilms e afetam a agressividade desses tumores.
Os pesquisadores aprenderam a tratar os tumores de Wilms de forma mais eficaz, o que permite determinar quais as crianças podem ser poupadas de um tratamento mais intensivo. Eles também estão procurando formas de identificar crianças que possam precisar de um tratamento mais agressivo para ser curadas. Por exemplo, estudos recentes mostraram que os tumores de Wilms com alterações nos cromossomos 1 e 16 parecem ser mais propensos a recidivar. Os pesquisadores estão avaliando se as crianças com esses tumores podem se beneficiar com um tratamento mais intensivo.
Os pesquisadores também estão estudando as alterações moleculares que parecem ser a causa das células do tumor de Wilms crescerem e se disseminarem. Isso pode conduzir aos tratamentos que visam especificamente essas alterações.
- Tratamentos
Os pesquisadores continuam estudando maneiras de melhorar o tratamento de crianças com tumores de Wilms.
Estudos anteriores identificaram tratamentos muito eficazes na cura de tumores de Wilms, com histologia favorável. Os protocolos clínicos atuais estão estudando maneiras de tratar esses cânceres com sucesso, reduzindo os efeitos colaterais, tanto quanto possível. Por exemplo:
- Estudos estão avaliando se as crianças com prognóstico favorável precisam de outros tratamentos além da cirurgia.
- Pesquisas recentes sugerem que crianças com tumores que se espalharam para apenas um ponto do pulmão podem não precisar de radioterapia, o que, eventualmente, poderia causar efeitos colaterais a longo prazo.
- Outra pesquisa está avaliando se alguns tumores no pulmão podem ser tratados com radioterapia estereotáxica corporal, na qual uma grande dose de radiação é focada nos tumores, em vez de tratar todo o pulmão.
Para as crianças com tumores de Wilms com histologia desfavorável, os pesquisadores estão avaliando a administração de tratamentos mais intensivos e mais eficazes.
Outros estudos estão avaliando a possibilidade de transplantes de células-tronco, que permitirá a administração de doses mais altas de quimioterapia do que o corpo normalmente poderia tolerar. Essa abordagem pode ajudar a tratar tumores que não estão respondendo aos tratamentos convencionais.
Conforme os pesquisadores compreendem as alterações genéticas nas células do tumor de Wilms, começam a desenvolver novos medicamentos com alvo nessas mudanças. As terapias-alvo agem de forma diferente dos quimioterápicos convencionais e, muitas vezes, com efeitos colaterais diferentes e menos severos. As terapias-alvo já se tornaram tratamentos padrão para alguns tipos de cânceres.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/10/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.