Tumores pituitários

Quase todos os tumores da hipófise são tumores glandulares benignos denominados adenomas hipofisários. Esses tumores são considerados benignos porque não se disseminam para outras partes do corpo, mas podem provocam problemas significativos de saúde por sua localização, próxima ao cérebro e porque muitos deles secretam hormônios em excesso.
 
Os tumores de hipófise são raros.
 
Adenomas pituitários
 
Os tumores benignos não se disseminam além do crânio, geralmente permanecem confinados à sela túrcica. Às vezes, crescem nas paredes da sela túrcica e ao redor dos vasos sanguíneos, nervos e seios da face.
 
Nessa parte do crânio existe pouco espaço para que os tumores se desenvolvam. Portanto, se um tumor crescer cerca de um centímetro de diâmetro, pode comprimir e provocar lesões às áreas vizinhas e nervos adjacentes. Isso pode levar a sintomas como alterações da visão ou dores de cabeça.
 
Microadenoma versus macroadenoma
 
Os adenomas pituitários podem ser divididos em duas categorias com base em seu tamanho:

  • Microadenomas. São tumores com menos do que um centímetro de diâmetro, que raramente danificam os tecidos próximos à glândula pituitária. Entretanto, podem provocar sintomas se liberarem em excesso um dos hormônios da hipófise. Muitas pessoas podem ter pequenos adenomas que nunca são diagnosticados porque não crescem o suficiente ou não secretam hormônios em quantidades suficientes para provocar sintomas.
  • Macroadenomas. São tumores com mais do que um centímetro de diâmetro. Esses tumores podem provocar sintomas se pressionarem as estruturas próximas, como partes da hipófise ou nervos periféricos. Às vezes, também, podem provocar sintomas se produzirem quantidades elevadas de um determinado hormônio.

Adenomas funcionais e não funcionais
 
Os adenomas hipofisários também são classificados quanto à produção de hormônios, se produzem algum hormônio e qual o tipo. Se um adenoma pituitário produz hormônios é denominado funcional. Se não produz é chamado de não funcional.
 
Adenomas funcionais. A maioria dos adenomas hipofisários que provocam sintomas produzem hormônios em excesso:

  • Adenomas produtores de prolactina (40%).
  • Adenomas secretores do hormônio de crescimento (20%).
  • Corticotrofina, adenomas secretores (10%).
  • Gonadotrofina (LH e FSH), adenomas secretores (raros).
  • Tirotrofina (TSH), adenomas secretores (raros).
  • Adenomas plurihormonais secretam mais do que um tipo de hormônio.

O tipo de hormônio produzido por um adenoma influencia diretamente nos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Também afeta os exames que devem ser realizados para o diagnóstico e as opções de tratamento.
 
Adenomas não funcionais. Os adenomas hipofisários não produzem hormônios em excesso suficientes para provocar sintomas. Na maioria das vezes, são adenomas gonadotróficos que não produzem hormônios suficientes para causar problemas.
 
Os adenomas não funcionais representam cerca de 30% dos tumores hipofisários. No momento do diagnóstico, eles geralmente se tornaram macroadenomas, provocando sintomas devido ao seu tamanho por pressionarem as estruturas próximas.
 
Carcinomas pituitários
 
Os tumores cancerígenos da glândula pituitária são raros. Eles podem ocorrer em qualquer idade, mas a maioria é diagnosticada em pessoas mais velhas. Esses tumores normalmente produzem hormônios, assim como muitos dos adenomas.
 
A maioria dos carcinomas pituitários se parece muito com os adenomas pituitários quando visualizados sob um microscópio. Na verdade, não existe uma maneira de saber se um tumor de hipófise é um carcinoma ou um adenoma até que ele se dissemine para outros órgãos. Na maioria das vezes se disseminam para o cérebro, medula espinal, meninges ou osso em torno da hipófise. Raramente, esses tumores se disseminam para outros órgãos, como fígado, coração ou pulmões.
 
Outros tumores pituitários
 
Existem vários outros tipos de tumores benignos e malignos da hipófise, entretanto são menos frequentes do que os adenomas.
 
Teratomas, germinomas e coriocarcinomas são tumores raros que ocorrem geralmente em crianças ou adolescentes. Eles não se desenvolvem a partir das células do sistema endócrino na glândula pituitária propriamente dita, mas podem crescer em torno dela danificando-a.
 
Os cistos de bolsa de Rathke e gangliocitomas da hipófise são tumores raros, normalmente encontrados em adultos.
 
Os craniofaringeomas são tumores de crescimento lento que começam acima da glândula pituitária, mas abaixo do cérebro. Eles podem comprimir a hipófise e o hipotálamo, provocando alterações hormonais. São mais frequentes em crianças, mas às vezes são vistos em adultos mais velhos.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 10/10/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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