[Câncer de Pâncreas] Cibele Ladoche De Macedo Rocha

Compartilhando Experiência
Cibele Ladoche de Macedo Rocha
  • Instituto Oncoguia - Conte-nos um pouco sobre você. (idade, onde mora, o que faz, o que mais quiser) Cibele - Oi, tenho 42 anos, moro eu, minha mãe e minha filha de 9 anos. Trabalho em uma transportadora.
  • Instituto Oncoguia - Quem em sua família tem/teve câncer? Cibele -

    Minha mãe, Claudete, de 79 anos, tratava há 5 anos de uma neuropatia, onde sentia muito cansaço, dor nas pernas e fraqueza. Depois de um tempo, comecei a perceber que ela parecia só querer dormir, estava perdendo peso e eu achava que era depressão ou algo do tipo. Ela não caminhava sozinha, e eu, querendo que ela fizesse hidroginástica, que andasse, brigava com ela para não "amolecer", dizendo que ela nunca foi assim, e outras coisas.

  • Instituto Oncoguia - Sabemos que o diagnóstico de um câncer também tem um impacto grande na família, como você tem lidado e ou lidou com esse momento? Cibele -

    Eu saí de férias e, no primeiro dia, minha mãe caiu da própria altura. Como não sabíamos se ela havia batido a cabeça, levei-a ao médico. Chegando lá, ela estava confusa, e a médica observou que ela estava amarela. Eu comentei que era por causa das sopas de cenoura, rs. De imediato, a médica pediu uma ressonância, exames de TGO e TGP, e os resultados deram super alterados. Logo a internamos. Ela fez um exame que não lembro o nome, mas parece uma endoscopia, onde colocaram duas próteses biliares para drenar o pâncreas, que estava sendo pressionado por uma massa. O médico foi sensacional, franco, e me disse imediatamente que havia 99,99% de chance de ser maligno, pois, tratando-se de pâncreas e vias biliares, já se sabe que é assim. Ela ficou 3 dias internada até que a icterícia fosse controlada, e agora estamos aguardando para fazer a primeira tomografia ou radioterapia.

  • Instituto Oncoguia - Quais foram os principais desafios enfrentados pelo paciente? Cibele -

    Eu me preparei para dar a notícia para ela. Minha mãe, sendo uma pessoa extremamente positiva, de muita fé, me ajudou a enfrentar essa situação. Ao descobrir que todos aqueles tratamentos para a neuropatia foram em vão e, na realidade, os sintomas eram de colangiocarcinoma, foi um impacto grande para nós.

  • Instituto Oncoguia - De que forma você ajudou seu familiar? Cibele -

    Muito amor, carinho e uma cuidadora anja. Pedi demissão do trabalho após 9 anos e agora estou trabalhando home office para ficar mais perto da minha mãe.

  • Instituto Oncoguia - Você buscou se informar sobre a doença? Isso lhe ajudou? Cibele - Busquei na internet. 
  • Instituto Oncoguia - Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou como familiar cuidador? Cibele -

    Dias ruins e dias bons, dias de febre que faziam tremer a cama e dias de alegria!

     

     

  • Instituto Oncoguia - Você buscou formas de se cuidar melhor? Se sim, quais? Cibele -

    Sim, procurei melhorar a qualidade de vida dela. Arrumei uma cadeira de rodas para levá-la em passeios e consultas, porque, devido à fraqueza, ela mal conseguia andar.

  • Instituto Oncoguia - Que conselho ou dica você daria para um familiar que está enfrentando o câncer em casa? Cibele -

    Vivo todos os momentos com muito amor. Eu cuido da minha mãe com o maior carinho do mundo, e minha filha de 9 anos também. Quando vamos colocar as fraldas, fazemos massagem nela, brincando de daycare, tipo "hora da massagem". Isso cria um vínculo entre as três e fortalece a memória afetiva da minha filha.

  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Cibele - Parabéns pelo trabalho de vocês, no que eu puder ajudar estou aqui! 
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