1º Encontro Nacional de Comunicadores Digitais do Mundo do Câncer

Comunicar sobre um assunto que impacta tantas vidas e de tantas maneiras como o câncer é uma missão importante, mas delicada – especialmente quando realizada no meio digital, cujos potenciais de alcance e liberdade trazem consigo riscos igualmente amplos. Nós, comunicadores digitais do mundo do câncer, adotamos como causa o combate à doença, o bem-estar do paciente oncológico e a saúde da população em geral, comprometendo-nos a:

1. Repercutir apenas informações corretas e precisas sobre o câncer, seus tratamentos, meios de diagnóstico, sinais, sintomas e fatores de risco, devidamente checadas em fontes confiáveis;
    
2. Priorizar a informação baseada em evidências científicas e, na ausência delas, evidenciar o caráter controverso ou duvidoso da informação;
    
3. Não dar orientações relacionadas a competências profissionais que não possuo, como indicação de medicamentos, tratamentos ou quaisquer cuidados médicos, psicólogos, de assistência social, jurídica e afins;
    
4. Encorajar o autocuidado, mas deixando claro que o diagnóstico é de competência dos profissionais da medicina;
    
5. Prezar pela integridade física e psicológica das pessoas retratadas pelas histórias que contamos e compartilhamos, respeitando sua vontade e seu direito a privacidade;
    
6. Não divulgar conteúdo de caráter sensacionalista, mórbido ou contrário aos direitos humanos e às liberdades individuais;
    
7. Não realizar alterações em conteúdos de audiovisual que deturpem a realidade, sempre informando ao público o eventual uso de recursos de fotomontagem, edição de imagem, reconstituição de áudio ou quaisquer outras manipulações;
    
8. Retificar informações divulgadas por mim que se revelem falsas ou inexatas e promover o direito de resposta às pessoas ou organizações envolvidas;
    
9. Não recorrer a generalizações quando tratar da minha própria experiência com o câncer ou a de terceiros, reconhecendo que cada indivíduo possui sua própria experiência ao longo da jornada pelo diagnóstico e tratamento da doença;
    
10. Não disseminar preconceitos, estigmas e estereótipos;
     
11. Não tratar como verdades mitos, especulações ou informações que não foram devidamente validadas e que, no enfrentamento do câncer, contribuem para um ambiente de insegurança e desinformação.

São Paulo, 11 de dezembro de 2017.