[5º FÓRUM] A Lei dos 60 dias: garantias e direitos
A Lei nº 12.732 de 2012, que começou a vigorar em maio de 2013, garante ao paciente com câncer o direito de iniciar o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico da doença, a partir da assinatura do laudo patológico. O problema é que a lei já está em vigor há dois anos e sua efetivação ainda não é uma realidade nacional.
Entre as ferramentas de gestão criadas para monitorar o cumprimento da Lei 12732, conhecida como a lei dos 60 dias, está o Sistema de informação do Câncer (SISCAN), uma versão em plataforma web lançada no ano passado para integrar os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e do Câncer de Mama (SISMAMA).
Mas até que se aprimorem as redes de assistência e consolidem os instrumentos de gestão, o cumprimento da lei dos 60 dias não está assegurado. É uma construção que, de novo, representa importante desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No contexto atual, a radioterapia representa o maior gargalo. Em 2010, o TCU apontava uma espera de 113,6 dias para o início do tratamento radioterápico e o problema persiste, o que denuncia que alguns tempos de espera estão bem além do prazo legal de 60 dias.
Muitos pacientes nem sabem que têm direito ao atendimento em 60 dias. Outros, que têm conhecimento da Lei, muitas vezes não contestam a lentidão no atendimento porque não sabem a quem recorrer ou mesmo por medo de retaliação.
Diante de tantos descaminhos, a verdade é que muitos deixam de ter acesso rápido e perdem uma importante janela de oportunidade, o que compromete seriamente a chance de cura e as taxas de sobrevida.
Por dificuldades na aplicação, fica a dúvida se o instrumento legal de fato fez diferença na vida do paciente, ainda que tenha o mérito de ter dado novo relevo ao tema do câncer na agenda da saúde.
"Eu participei da reunião do ano passado, do aniversário de um ano da Lei dos 60 dias, que realmente não é cumprida por uma série de atributos. Às vezes, o paciente demora mais de 90 dias até chegar ao oncologista, ao cirurgião oncológico ou ao radioterapeuta, e quando chega ele não tem exames de estadiamento. Não dá para iniciar o tratamento em 60 dias sem saber se a doença está localizada ou não’, diz Bruno Carvalho (foto), da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Fica claro que carências de infraestrutura não são sanadas com um marco legal, mas é evidente a urgência de avançar na assistência. Em certos casos, no entanto, fica a preocupação de que a Lei pode até funcionar às avessas e servir a um atendimento mais comprometido com prazos que propriamente com a qualidade da assistência.
Agora, o debate chega ampliado, diante da proposta do Projeto de Lei que prevê 30 dias para que a rede pública realize os exames necessários para o diagnóstico de câncer. É um avanço ou uma ameaça de precarização da assistência?
Por Valéria Hartt/OncoNews
Entre as ferramentas de gestão criadas para monitorar o cumprimento da Lei 12732, conhecida como a lei dos 60 dias, está o Sistema de informação do Câncer (SISCAN), uma versão em plataforma web lançada no ano passado para integrar os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e do Câncer de Mama (SISMAMA).
Mas até que se aprimorem as redes de assistência e consolidem os instrumentos de gestão, o cumprimento da lei dos 60 dias não está assegurado. É uma construção que, de novo, representa importante desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No contexto atual, a radioterapia representa o maior gargalo. Em 2010, o TCU apontava uma espera de 113,6 dias para o início do tratamento radioterápico e o problema persiste, o que denuncia que alguns tempos de espera estão bem além do prazo legal de 60 dias.
Muitos pacientes nem sabem que têm direito ao atendimento em 60 dias. Outros, que têm conhecimento da Lei, muitas vezes não contestam a lentidão no atendimento porque não sabem a quem recorrer ou mesmo por medo de retaliação.
Diante de tantos descaminhos, a verdade é que muitos deixam de ter acesso rápido e perdem uma importante janela de oportunidade, o que compromete seriamente a chance de cura e as taxas de sobrevida.
Por dificuldades na aplicação, fica a dúvida se o instrumento legal de fato fez diferença na vida do paciente, ainda que tenha o mérito de ter dado novo relevo ao tema do câncer na agenda da saúde.
"Eu participei da reunião do ano passado, do aniversário de um ano da Lei dos 60 dias, que realmente não é cumprida por uma série de atributos. Às vezes, o paciente demora mais de 90 dias até chegar ao oncologista, ao cirurgião oncológico ou ao radioterapeuta, e quando chega ele não tem exames de estadiamento. Não dá para iniciar o tratamento em 60 dias sem saber se a doença está localizada ou não’, diz Bruno Carvalho (foto), da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Fica claro que carências de infraestrutura não são sanadas com um marco legal, mas é evidente a urgência de avançar na assistência. Em certos casos, no entanto, fica a preocupação de que a Lei pode até funcionar às avessas e servir a um atendimento mais comprometido com prazos que propriamente com a qualidade da assistência.
Agora, o debate chega ampliado, diante da proposta do Projeto de Lei que prevê 30 dias para que a rede pública realize os exames necessários para o diagnóstico de câncer. É um avanço ou uma ameaça de precarização da assistência?
Por Valéria Hartt/OncoNews
- Oncoguia contribui em CP para pacientes com câncer de pulmão
- Oncoguia contribui em CP para rastreamento de CCU
- Oncoguia questiona MS sobre prazo do PCDT de mama
- Oncoguia pede ao MS prazo para atualização de PCDT de Pulmão
- Conitec abre CP para tratamento de Leucemia no SUS
- Conitec abre CP para o tratamento de câncer de pulmão
- Oncoguia contribui em consulta pública para câncer de ovário
- Oncoguia contribui em consulta pública de leucemia
- Conitec abre consulta pública para o rastreamento de CCU
- ANS analisa inclusão para câncer de próstata
- Medicamento Asciminibe para LMC é incluído no plano de saúde
- Oncoguia participa em CP sobre novas embalagens de cigarros
- Conitec não inclui medicamento para câncer de mama
- Conitec inclui medicamento de CA de ovário e tireóide no SUS
- ANS analisa inclusões para cânceres hematológicos
- Oncoguia solicita manutenção de isenção de ICMS para oncologia
- Conitec abre CP para pacientes com LMC e câncer de ovário
- Oncoguia contribui em CP sobre câncer de pulmão e LMC na ANS
- Conitec não inclui medicamentos para ca de cabeça e pescoço
- Oncoguia faz reunião com Ministro e participa do Consinca
- ANS analisa inclusões para ca de pulmão e hematológicos
- Oncoguia questiona MS sobre andamento do grupo de trabalho de CCR
- Oncoguia pede programa de rastreamento de colorretal no SUS
- Enviamos ofício conjunto ao MS pedindo atualizações de PCDTs
- Oncoguia contribui para nova edição da Declaração TJCC
- Conitec inclui novo medicamento para próstata no SUS
- Oncoguia contribui em Protocolo de câncer colorretal do SUS
- Oncoguia contribui em CP de câncer de cabeça e pescoço e tireoide
- Conitec abre CP para pacientes de mama HER2-positivo
- Conitec incorpora a abiraterona para Câncer de Próstata
- Projeto de Lei inspirado em pesquisa do Oncoguia é sancionado
- Conitec abre consulta pública para síndrome mielodisplásica
- Contribuição Oncoguia na CP sobre tratamento do câncer de ovário
- Oncoguia contribui em CP de medicamentos para próstata no SUS
- Oncoguia contribui em consulta pública de LLC e linfoma na ANS
- Conitec abre consulta pública para câncer infantil
- Oncoguia pede urgência na regulamentação da nova Política Nacional de Câncer
- Conitec abre CP de diretrizes para o tratamento de CCR no SUS
- Conitec abre CP para câncer de cabeça e pescoço e tireoide
- Novas opções de tratamento são incluídas nos planos de saúde
- Conitec abre CP para câncer de próstata
- Publicada a Política Nacional de Cuidados Paliativos
- Presidente do Oncoguia recebe prêmio Maria Antonieta Regal Dutra por seu trabalho em prol de pacientes com câncer
- ANS abre CP para analisar o mesmo medicamento para LLC e LLPC
- Conitec abre CP de diretrizes para o tratamento de mieloma
- Conitec abre CP para câncer de ovário
- Conitec inclui novos tratamentos para câncer de pulmão
- ANS inclui novos tratamentos para CA de pulmão e próstata
- Conitec abre CP para leucemia e linfoma folicular
- ANS abre CP sobre tratamento do câncer de mama e LMC
- Conitec abre CP para protocolo de uso de terapia fotodinâmica
- Oncoguia contribui em consulta para tratamento de câncer de mama
- Campanha de multivacinação nas escolas públicas teve solicitação de deputada
- Mesa redonda debate desafios e conquistas da saúde da mulher brasileira
- Conitec inclui novos procedimentos e medicamento no SUS
- Oncoguia contribui em CP da ANS sobre câncer de pulmão e de próstata
- ANS abre CP sobre tratamento do câncer de pulmão e de próstata
- Conitec abre CP de diretrizes para o tratamento de câncer de mama
- Conitec abre CP para o tratamento do câncer de pulmão no SUS
- Ministério apresenta status atual para oferta de medicamentos oncológicos em atraso
- Oncoguia é convidado no 22° Encontro da Associação Brasileira de Registros de Câncer
- Câncer de Pulmão: Oncoguia integra debate no Fórum DCNTs 2023
- Oncoguia debate a participação de pacientes na Semana Brasileira de Oncologia
- Oncoguia solicita prioridade no tratamento de câncer de mama
- Oncoguia acompanha atraso de medicamentos oncológicos no SUS
- Organizações pedem revisão de veto ao PL de combate ao HPV
- ANS inclui medicamentos para câncer de endométrio e melanoma
- Sessão solene marca abertura do Outubro Rosa no Congresso
- Oncoguia participa de audiência pública do CECANCER
- ANS analisa tratamentos para câncer de mama e mieloma múltiplo
- Oncoguia passa a integrar Conselho Consultivo do INCA
- Oncoguia contribui em consulta pública sobre câncer colorretal
- 6ª edição do Coletivo Pink celebra mulheres que transformam o viver com o câncer de mama
- Oncoguia marca presença em audiência pública sobre a incorporação de medicamentos para o câncer de mama no SUS
- Oncoguia participa de debates importantes no 10º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer
- São Paulo aprova lei de transparência nas filas do SUS
- Dados de qualidade de vida são tema do 11º Congresso Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber Cancer Institute
- BlockchainRio Festival e lançamento da NFTeta Outubro Rosa
- Instituto Cabem Mais Vidas é lançado durante Simpósio
- Oncoguia discute oncologia em nível continental no 2º Simpósio Oncolatino e TJCC México 2023
- Conferência de Lideranças Femininas FEMAMA debate sobre a participação social
- Conitec abre CP para o tratamento do câncer de pulmão no SUS
- Medicamentos oncológicos aguardam medidas do Ministério
- AP debate prazo de atendimento oncológico na Saúde Suplementar
- Decisão sobre congelamento de óvulos de paciente oncológica
- Oncoguia contribui em duas CPs da Conitec para Mieloma
- Oncoguia contribui em consulta pública sobre o Alectinibe
- Deputada pede providências sobre Trastuzumabe Entansina ao MS
- Contribuição Oncoguia na Consulta Pública sobre Rituximabe
- 17° Conferência Nacional de Saúde tem propostas aprovadas sobre câncer
- Aprovado na Câmara PL da Política Nacional Oncológica
- ANS analisa tratamentos para melanoma e ca de endométrio
- PL cria Banco de informação sobre pesquisa clínica do câncer
- Resultados do PPA Participativo na saúde
- Oncoguia reforça posição da SBOC sobre uso de Talazoparibe
- Oncoguia envia ofício conjunto com outras ONGs sobre PL 2952
- Aprovada urgência de votação do PL da Política Oncológica
- Oncoguia contribui em consulta da Conitec sobre LMC
- Conitec abre Consulta Pública para o tratamento de mieloma múltiplo
- Conitec abre Consulta Pública para o tratamento de Câncer de Pulmão