5 tipos de câncer mais incidentes entre as mulheres
O câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância.
"É uma doença multifatorial que surge quando acontece alguma modificação que altera a estrutura genética da célula de algum órgão ou tecido do corpo, fazendo com que ela comece a multiplicar-se fora de controle e a originar várias células anormais. Geralmente, essas células continuam crescendo e podem invadir tecidos próximos ou ir para outras partes do corpo", explica a oncologista clínica Carla Loss, do Núcleo Especializado em Oncologia (Neon).
E para as mulheres fica um alerta para a prevenção: existem cinco tipos de câncer que são mais incidentes nas pessoas do sexo feminino. Segundo as informações da publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para o triênio de 2023 a 2025 aponta que ocorrerão 704 mil casos novos de câncer no Brasil. Estima-se que os tipos de câncer mais frequentes em mulheres serão:
Cânceres de pele não melanoma, com 118 mil;
- Mama, com 74 mil;
- Cólon e reto, com 24 mil;
- Colo do útero, com 17 mil;
- Pulmão, com 15 mil casos novos.
Por isso, é preciso atenção no autocuidado porque, embora seja multifatorial, há forte ligação entre hábitos alimentares e estilo de vida com a incidência da doença.
CÂNCER DE PELE
Manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram; pintas que mudam de tamanho, forma ou cor e feridas que não cicatrizam em quatro semanas são alguns dos sintomas do câncer de pele. Em relação às mulheres, o câncer de pele não melanoma é mais incidente em todas as regiões brasileiras, de acordo com o INCA.
Segundo a oncologista Veridiana Pires de Camargo, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a exposição excessiva ao sol e radiação ionizante, bronzeamento artificial, pele clara e histórico familiar são alguns dos fatores de risco. “O câncer de pele pode ser dividido em dois grupos: não melanoma, mais comum e com baixo índice de mortalidade; e melanoma, mais raro e preocupante, já que pode desenvolver metástase e se alastrar para outras regiões do corpo rapidamente”, explica.
O clima tropical brasileiro também contribui para o surgimento da doença, já que a influência solar aumenta a incidência da doença. “O câncer de pele é mais comum em áreas de maior exposição ao sol, como cabeça e pescoço, região nasal, orelhas, testa, braços, ombros e costas”, alerta Veridiana Pires.
Ao surgirem pintas ou feridas que não cicatrizam, é importante procurar um especialista. Normalmente, o diagnóstico é feito pelo dermatologista ou cirurgião após os primeiros sintomas. O recomendado é evitar se expor em horários de maior incidência dos raios ultravioleta e utilizar filtro solar com fator de proteção (FPS) 30 ou maior, reaplicando a cada duas horas ou após se molhar ou suar.
CÂNCER DE MAMA
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no Brasil. A oncologista Edelweiss Leite Soares explica que o novo padrão familiar também contribui para o aumento da incidência da doença.
“Hoje em dia, as mulheres amamentam menos e menstruam mais, sendo mais expostas ao estímulo hormonal, porque estão optando por ter a primeira gestação mais tardia e menos filhos. Além disso, a obesidade, o sedentarismo e o uso de álcool são agravantes”, diz a médica.
Os sintomas mais comuns são o caroço na mama ou na axila, inchaço, a vermelhidão na pele da mama, a saída de qualquer líquido do mamilo, as alterações na mama como retrações ou inversão. Qualquer alteração deve ser investigada, independentemente da idade.
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).
CÂNCER DE CÓLON E RETO
A oncologista clínica Juliana Alvarenga explica que câncer colorretal é o tipo de câncer de intestino mais comum. "Chamamos de câncer colorretal aqueles que se desenvolvem no intestino grosso e na porção final do intestino, chamada de reto. O reto é a porção imediatamente antes do ânus". O mais comum dos tumores colorretais é o adenocarcinoma, mas existe também o epidermoide, sendo muito mais raro. Normalmente, os tumores epidermoides são mais comuns no ânus ou no canal anal.
Veja os sintomas mais frequentes:
- Sangue nas fezes;
- Alterações nos hábitos intestinais: diarreia e prisão de ventre alternados;
- Dores abdominais constantes, que não melhoram;
- Anemia sem causa aparente;
- Perda de peso sem causa aparente.
O principal exame capaz de detectar esse tumor, inclusive na fase inicial, é a colonoscopia. O câncer colorretal é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. “Entre os principais fatores de risco para o câncer colorretal podemos citar idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, pólipos intestinais, história pessoal de outros tipos de câncer, como ovário, endométrio (útero) ou mama”, diz Carla Loss.
Além destes fatores, favorecem a ocorrência da doença a obesidade, o sedentarismo, doenças inflamatórias do intestino (Retocolite ulcerativa e Doença de Crohn), doenças hereditárias como Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) e Síndrome de Lynch, consumo de álcool, tabagismo e adoção de dieta rica em carnes vermelhas, com baixo teor de cálcio, pobres em frutas frescas e vegetais.
CANCÊR DE COLO DO ÚTERO
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer.
O câncer do colo do útero pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
CÂNCER DE PULMÃO
A oncologista Camila Beatrice explica que, assim como todos os tecidos do corpo, o pulmão é composto por células. Essas células vão se dividindo e se reproduzem de uma forma ordenada e controlada. "Se houver alguma alteração celular que altere esse processo, o organismo produz excesso de tecido, que dá origem ao tumor. Se o tumor for maligno, o crescimento comprime e destrói os tecidos normais à sua volta, isso seria, nesse caso, um tumor localizado no pulmão", diz.
Além do tabagismo, que é o principal fator de risco, outras questões estão relacionadas com o surgimento de câncer no pulmão, como ser fumante passivo, a exposição ao gás radônio, exposição ao asbesto, ao arsênio, e alguns agentes que são ocupacionais, como níquel e o cromo. Também é preciso levar em consideração a poluição atmosférica e o histórico pessoal ou familiar de câncer de pulmão.
"Recomenda-se não fumar, inclusive cigarro eletrônico e narguilé. O principal fator de risco é o tabagismo, que está associado de 80% a 90% dos casos. Mas não tabagistas também podem desenvolver a doença, principalmente quando há mutações genéticas"
Edelweiss Leite
O câncer de pulmão costuma ser diagnosticado a partir dos 50 anos, com pico de incidência na faixa de 60 a 70 anos. Em geral, o diagnóstico ocorre através de uma tomografia ou de um raio-x de tórax, sendo necessário realizar uma biópsia do tumor. Já o tratamento escolhido vai depender do estágio em que o tumor se encontra. Nos estágios mais iniciais, podem ser feitas cirurgia e a quimioterapia. Nos intermediários, no geral, são utilizadas quimioterapia com a radioterapia, dependendo do caso. Já nos estágios avançados, são utilizadas a quimioterapia e radioterapia juntos, e mais atualmente, também a imunoterapia.
Fonte: A Gazeta
- Cooperação entre células cancerígenas pode levar a crescimento rápido de tumor, sugere pesquisa
- Câncer de colo do útero: com 7 mil mortes evitáveis, Brasil se atrasa para cumprir meta da OMS
- Maioria das brasileiras não sabe como prevenir o câncer de intestino, o segundo mais comum entre as mulheres
- Com alta de casos, câncer anal pode ser evitado (inclusive com vacina)
- 7 a cada 10 brasileiros em tratamento oncológico sofrem com sintomas dermatológicos
- O papel da quimioterapia e da imunoterapia no tratamento do câncer de bexiga
- Câmara aprova projeto que prioriza pessoas com câncer na marcação de consultas e exames
- Casos de câncer de mama devem subir 38% e mortes 68% até 2050
- Maior parte dos novos casos de câncer em 2025 deve acometer mulheres
- Vacina do HPV zerou casos de câncer de colo de útero na Escócia, mostra estudo
- Mastectomia preventiva reduz risco de câncer de mama, mas não elimina chances da doença, diz especialista. Entenda
- Exames de prevenção do câncer do intestino têm de começar aos 45 anos
- Por que casos de câncer em jovens adultos estão aumentando?
- Conscientização sobre câncer de próstata pode chegar a estádios, bares e academias
- Paciente tem remissão de câncer por 18 anos com terapia CAR-T
- Comissão debate oferta de terapia nutricional para pacientes com câncer
- Entenda como o consumo de ultraprocessados pode aumentar risco de câncer
- Por que os casos de câncer de pulmão em não fumantes estão aumentando?
- Retorno ao trabalho após tratamento do câncer: desafios, adaptações e direitos
- A cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com câncer no mundo
- Câncer de Pele e o Trabalho Exposto Ao Sol
- Compras centralizadas na oncologia devem crescer, diz secretário do Ministério da Saúde
- ANS abre consulta pública sobre cobertura de medicamento para câncer
- Ministério da Saúde publica regulamentação da Política Nacional do Câncer
- Oncologistas defendem não usar palavra câncer para certos tipos da doença em fase inicial
- O que a sua cintura pode dizer sobre o risco de câncer
- No Brasil, crianças indígenas morrem mais de câncer do que brancas, negras e amarelas
- A cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com câncer no mundo
- Comissão debate a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer
- Novo teste melhora a previsão de sobrevida do câncer de pulmão em estágio inicial
- Periodicidade de mamografias divide médicos e autoridades de saúde
- Vencer o câncer e seus tabus é um desafio para a sociedade brasileira
- Em 1 década, câncer de pênis levou a quase 600 amputações anuais no Brasil
- Alimentação pode ajudar pacientes a lidar com efeitos do tratamento de câncer; veja dicas
- Personalização no combate ao câncer de pulmão: o papel dos biomarcadores
- Os tratamentos ultrarrápidos contra o câncer que podem substituir a radioterapia no futuro
- Baseado em fatos “Câncer com Ascendente em Virgem” ganha trailer oficial
- Preta Gil passa a usar bolsa de colostomia definitiva em meio a tratamento contra câncer: Um desafio muito maior
- Câncer de cabeça e pescoço tem maioria de casos avançados no país
- Oncologistas franceses alertam para alta de casos de câncer em jovens adultos: é uma corrida contra o tempo
- Nova abordagem terapêutica poderia impedir metástase do câncer no cérebro
- Consulta da ANS sobre câncer oportuniza revisão de políticas de saúde
- Câncer com Ascendente em Virgem: filme com Suzana Pires e Marieta Severo ganha trailer e data de estreia
- Técnica de congelamento do câncer na mama mostra 100% de eficácia em estudo brasileiro
- INCA defende criação de política nacional para ampliar acesso à atividade física no SUS e fortalecer combate ao câncer
- Taxas de câncer de mama aumentam entre mulheres mais jovens
- Remissão ou cura? Como saber se um paciente está livre do câncer
- INCA prevê 600 mil novos casos de câncer no Brasil em 2025
- Câncer no intestino está aumentando em pessoas com menos de 50 anos. Saiba o que explica essa tendência
- Açúcar adicionado e sal aumentam risco de câncer de estômago, diz estudo
- IA avança no diagnóstico de câncer, mas desafios ainda persistem
- Câncer de pele: saiba qual é o sintoma pouco conhecido de uma das formas mais sérias da condição
- Exercícios físicos ajudam a prevenir, tratar e se recuperar de câncer
- Diagnóstico tardio torna câncer que matou Léo Batista um dos mais mortais
- EUA observam aumento ‘preocupante’ de câncer em pessoas mais jovens, especialmente entre as mulheres
- Os 6 tipos de câncer mais letais e quais os sintomas para se estar atento
- Câncer de intestino em alta entre as pessoas com menos de 50 anos; veja o que explica a tendência
- Saiba o que é câncer em remissão, como no caso de Kate Middleton
- Câncer de pulmão: I.A e outras terapias podem revolucionar tratamento da doença; entenda
- Vacinas contra o câncer tornam tratamentos mais precisos e eficazes
- Exercício regular pode reduzir evolução do câncer e risco de morte, diz estudo
- Câncer de mama: novo protocolo padroniza diagnóstico e tratamento no SUS
- Estudo mostra por que metástase de câncer ocorre com frequência no pulmão
- Mais de 32,5 milhões de brasileiros terão gestores comprometidos com o combate ao câncer
- Vacina e diagnóstico precoce são armas contra câncer de colo de útero
- Comissão aprova prioridade em teleconsultas para paciente com câncer em caso de atraso na consulta presencial
- O guerreiro tem direito ao seu descanso: a decisão de Mujica de não tratar câncer após metástase
- Sua dieta está matando seu DNA? Cientistas descobrem bomba-relógio do câncer de fígado
- Medicina de precisão: o novo capítulo no tratamento oncológico
- Células CAR-T e além: avanços e desafios futuros
- Casos de câncer de mama são encontrados em maior quantidade quando IA é usada em exame, indica estudo
- O tempo pode salvar vidas
- EUA: bebidas alcoólicas podem ter rótulo com alerta de risco de câncer
- Câncer de colo de útero está com os dias contados
- O futuro do tratamento do câncer passa pela terapia CAR-T
- Terapias alternativas contra câncer funcionam?
- Entenda as novas regras dos planos de saúde para alterações em rede hospitalar
- Câncer: estudo revela aumento de casos em pessoas com menos de 50 anos
- Ultraprocessados ricos em óleo podem ser uma das causas da epidemia de câncer colorretal em jovens
- Obesidade e câncer, como desfazer esta ligação perigosa
- Câncer de mama: fase do ciclo menstrual pode influenciar eficiência do tratamento
- Câncer: Anvisa aprova avanço de testes com terapia revolucionária desenvolvida pelo Hemocentro de Riberião Preto com o Butantan
- Jovem que teve câncer de intestino lista os 6 sinais que ele ignorou
- Por que câncer pode se tornar a doença que mais mata no Brasil - e que desafios isso traz
- Inovações tecnológicas e novo protocolo de tratamento reforçam o combate ao câncer
- Médicos de família podem ser aliados no tratamento do câncer, dizem especialistas
- Câncer de pulmão: novo tratamento reduz em 27% risco de morte
- Grupo da USP mapeia variantes genéticas associadas ao câncer de pâncreas em pacientes brasileiros
- Política nacional para rastrear câncer de pulmão pode salvar vidas
- Melanoma: tipo de câncer de pele mais perigoso é também mais comum entre mulheres mais jovens
- Inteligência Artificial passa a ser usada na triagem de casos suspeitos de câncer de mama
- 20 anos do descobrimento da mutação EGFR para câncer de pulmão: o que mudou?
- ALRN reforça compromisso com a saúde pública no Fórum Oncoguia
- Novo plano para combater câncer de colo tem foco em rastreio e vacina
- IR: Haddad propôs limitar isenção para pacientes de câncer e Aids, não acabar com benefício
- Nova técnica trata câncer de próstata em uma única sessão
- Dezembro Laranja alerta para a prevenção do câncer de pele no Brasil
- IBGE: mortes por câncer avançam 7,7% em quatro anos e pressionam sistema de saúde
- Você conhece os direitos de quem tem câncer? Deveria!
- Tempo é cura para o câncer