A importância da vacina contra o HPV
Nos últimos dias vem circulando a notícia onde um médico francês critica de maneira intensa a vacinação contra o HPV, afirmando que "todos sabem que ela não acrescenta nada".
É imprescindível que o leitor compreenda que a vacina é tanto mais importante quanto maior a incidência de câncer de colo do útero, e quanto maior sua mortalidade. Assim, um país onde graças à realização de Papanicolau em todas as mulheres, e graças ao tratamento consequente das lesões pré-cancerosas, ocorrem poucos casos de câncer e poucas mortes, é óbvio que o que a vacina pode acrescentar é muito pouco. Ocorre que, diferente de diversos países desenvolvidos, onde a mortalidade por câncer de colo do útero é baixíssima, no Brasil, devido à deficiência do Papanicolau (tanto em percentual de mulheres que fazem rotineiramente, quanto na qualidade no exame) e à demora do tratamento dos casos com lesões precursoras diagnosticadas graças ao Papanicolau, câncer de colo do útero constitui a terceira causa de morte por câncer entre mulheres.
Certamente, alguém com um viés contrário à introdução de vacinas pode argumentar que basta implementar de maneira adequada o Papanicolau, melhorando a qualidade e o acesso ao tratamento das lesões precursoras. Acontece que o Ministério da Saúde vem tomando diversas iniciativas nesse sentido, mas com sucesso apenas relativo. Prova disso é a incidência ainda muito elevada de casos de câncer de colo do útero.
Assim, em um país continental como o Brasil, onde a aderência ao Papanicolau é limitada nas áreas mais pobres, e onde a qualidade do exame deixa a desejar em diversas áreas, consideramos que não oferecer a vacinação seria um erro. Louvamos a inclusão da vacina contra o HPV em nosso meio, e certamente ela pode salvar dezenas de milhares de vidas em outros lugares até mais pobres que o Brasil, como alguns países da África ou na Índia, onde a mortalidade por câncer de colo do útero é extremamente elevada.
É imprescindível que o leitor compreenda que a vacina é tanto mais importante quanto maior a incidência de câncer de colo do útero, e quanto maior sua mortalidade. Assim, um país onde graças à realização de Papanicolau em todas as mulheres, e graças ao tratamento consequente das lesões pré-cancerosas, ocorrem poucos casos de câncer e poucas mortes, é óbvio que o que a vacina pode acrescentar é muito pouco. Ocorre que, diferente de diversos países desenvolvidos, onde a mortalidade por câncer de colo do útero é baixíssima, no Brasil, devido à deficiência do Papanicolau (tanto em percentual de mulheres que fazem rotineiramente, quanto na qualidade no exame) e à demora do tratamento dos casos com lesões precursoras diagnosticadas graças ao Papanicolau, câncer de colo do útero constitui a terceira causa de morte por câncer entre mulheres.
Certamente, alguém com um viés contrário à introdução de vacinas pode argumentar que basta implementar de maneira adequada o Papanicolau, melhorando a qualidade e o acesso ao tratamento das lesões precursoras. Acontece que o Ministério da Saúde vem tomando diversas iniciativas nesse sentido, mas com sucesso apenas relativo. Prova disso é a incidência ainda muito elevada de casos de câncer de colo do útero.
Assim, em um país continental como o Brasil, onde a aderência ao Papanicolau é limitada nas áreas mais pobres, e onde a qualidade do exame deixa a desejar em diversas áreas, consideramos que não oferecer a vacinação seria um erro. Louvamos a inclusão da vacina contra o HPV em nosso meio, e certamente ela pode salvar dezenas de milhares de vidas em outros lugares até mais pobres que o Brasil, como alguns países da África ou na Índia, onde a mortalidade por câncer de colo do útero é extremamente elevada.