A importância de um amigo em um momento difícil
Em janeiro de 2019, Diogo da Silva, de 23 anos, foi ao posto de saúde de Itaquera com dores no braço e com um caroço enorme na axila. Lá, foi realizado um ultrassom do braço e uma tomografia, mas os médicos disseram que ele tinha tendinite e artrite e o mandaram para casa.
Na ocasião, seu pai, Gilberto da Silva, o acompanhou e recebeu as orientações para que fizessem compressas no braço de Diogo. Eles passaram quatro meses seguindo os procedimentos, mas os sintomas não passavam.
Depois disso, Diogo procurou novamente serviço médico, desta vez no hospital de Tiradentes, com febre alta e foi internado com um quadro de anemia. Na ocasião, realizaram outros exames médicos e ele foi informado que estava com câncer e que precisaria procurar um oncologista.
A importância da informação de qualidade
Confuso com o diagnóstico, Gilberto, pai de Diogo, começou a pesquisar e encontrou o Oncoguia. Ele então decidiu ligar em nosso canal Ligue Câncer para tentar entender melhor a situação. “Falei com a Evelyn Coelho (especialista de atendimento do programa) e ela me explicou que no caso do Diogo eu devia procurar um onco-hematologista, pois ele estava com diagnóstico de Linfoma, e orientou que procurássemos o hospital Santa Marcelina.”
Quando buscaram o hospital, seis meses depois da primeira consulta no posto de saúde, Diogo já tinha nódulos visíveis e espalhados pelo corpo todo. No Santa Marcelina, Dafne Faria da Silva, amiga da família, começou a ajudá-los, pediu para falar com o diretor do hospital, pois apesar de ter os exames em mãos que confirmavam o câncer de Diogo, queriam repetir toda a triagem antes de encaminhá-lo a um hematologista. Após a conversa, foi marcada uma biópsia para o dia seguinte, que comprovou que Diogo estava com Linfoma de Hodgkin. "Tudo era muito novo e difícil para mim e foi muito importante contar com a ajuda da Dafne, nossa amiga e vizinha", diz Gilberto.
O caso agravou e Diogo foi internado, realizou a primeira sessão de quimioterapia e saiu de lá com mais três agendadas. “Desde a primeira sessão de quimioterapia conseguimos ver a melhora do Diogo”, conta Dafne.
Enfrentar sozinho é muito dolorido
“Comecei a ajudá-los porque o senhor Gilberto era muito leigo no assunto. Uma informação errada e o Diogo voltava para a estaca zero. Comecei a acompanhá-los em todas consultas e sessões e sempre passava as informações para eles numa linguagem mais simples. Eu sempre ligava no 0800 do Oncoguia para conversar com a Evelyn e ela também me explicava o que eu não entendia, me ajudava a construir argumentos para ajudar o Diogo. Ela me ajudava a ajudá-los”, conclui a amiga da família.
Hoje, Diogo já fez sete das 10 sessões de quimioterapia indicadas para tratá-lo e depois deve realizar radioterapia. Seus braços já desincharam e ele já não apresenta mais sintomas, tendo retomado à vida normal.
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