Abertas consultas públicas sobre tratamentos para Mieloma Múltiplo

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde (Conitec) abriu quatro Consultas Públicas (CP's) para ouvir a sociedade a respeito do tratamento para Mieloma Múltiplo. O protocolo clínico da doença, criado em 2015, está passando por uma atualização para incluir novos tratamentos e por isso a comissão quer ouvir a sociedade quanto a novas opções terapêuticas. 

A CP 113/21 é a respeito da incorporação do medicamento Daratumumabe para o controle do mieloma múltiplo recidivado ou refratário. No entendimento da Conitec, o medicamento é mais eficaz e demonstrou maior benefício clínico do que as demais alternativas disponíveis no SUS. Apesar disso,a  recomendação inicial é de não incorporação por causa da estimativa elevada de custo para o sistema de saúde. 

Já a CP 115/21 propõe o medicamento Lenalidomida para pacientes com mieloma múltiplo inelegíveis ao transplante de células-tronco hematopoiéticas e a CP 120/21 a Lenalidomida para terapia de manutenção em pacientes com mieloma múltiplo submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas. A Comissão deu parecer inicial contrário à incorporação do medicamento para ambos os casos. Considerando que o medicamento terá um alto custo adicional ao SUS e se comparado à talidomida, já disponível no SUS, o lenalidomida não tem um bom custo-benefício na visão da Conitec.

Por fim, CP 116/21 propõe a ampliação de uso do teste citogenético por Hibridização in Situ por Fluorescência (FISH) para detecção de alterações citogenéticas de alto risco em pacientes com mieloma múltiplo. A Conitec deu parecer inicial favorável à incorporação da ampliação do FISH. A Comissão diz no relatório que “Os estudos mostraram que o FISH é melhor que a citogenética convencional para detectar as duas alterações de maior prevalência.”

Agora, é o momento de ouvir a sociedade quanto a esse entendimento inicial, momento no qual pacientes, familiares, cuidadores e profissionais da saúde podem e devem contribuir com insumos para melhorar a avaliação da Conitec em relação ao tratamento da doença. 

As consultas públicas ficarão abertas até o dia 17 de janeiro. Após receber as contribuições, elas serão analisadas e a Conitec fará sua recomendação final.

Não deixe de participar! Sua contribuição é muito importante para subsidiar as decisões do governo.

Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia.

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