Abordagem geral do tratamento da síndrome mielodisplásica
O transplante de células-tronco geralmente é considerado a única opção curativa para pacientes com síndrome mielodisplásica e pode ser o tratamento de escolha para pacientes mais jovens quando existir um doador compatível.
Quando o transplante não for uma opção, a síndrome mielodisplásica não é considerada curável. Nesse caso, o objetivo é aliviar os sintomas e evitar complicações e efeitos colaterais do tratamento.
Se a diminuição das taxas sanguíneas estiver provocando problemas, tratamentos de suporte como transfusões, fatores de crescimento hematopoiéticos podem ser úteis. Os cuidados médicos gerais e medidas para prevenir e tratar infecções também são muito importantes. Os cuidados de suporte são importantes independentemente do paciente estar recebendo outros tratamentos para a doença.
Se for necessário outro tratamento, um medicamento quimioterápico como azacitidina ou decitabina costuma ser a primeira escolha, especialmente para pacientes com formas da doença de baixo risco. Esses medicamentos geralmente melhoram as taxas sanguíneas, e muitos pacientes precisam de menos transfusões e melhoram a qualidade de vida. Outra opção para alguns pacientes são medicamentos para suprimir o sistema imunológico, como ATG e ciclosporina.
Se um paciente tem o tipo 5q de síndrome mielodisplásica, a lenalidomida é frequentemente usada como primeiro tratamento. Se este medicamento não responder, o tratamento com azacitidina ou decitabina é geralmente a próxima opção.
A quimioterapia convencional é uma opção para alguns pacientes com síndrome mielodisplásica avançada, como aqueles cuja classificação prognóstica é de alto risco, pacientes cuja doença parece estar se tornando uma leucemia aguda. Infelizmente, este tratamento é tóxico para pacientes idosos ou com outros problemas clínicos. Para pacientes jovens e em bom estado geral de saúde, o tratamento é similar ao tratamento da leucemia mieloide aguda.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 22/01/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.