Apesar do corona, o câncer não pode esperar
Durante um ano, José Roberto Leite dos Santos, de 60 anos, sentiu dores na região do tórax. Foram investigadas suspeitas de infarto, de tuberculose e de enfisema pulmonar, mas ele nunca chegou a receber um diagnóstico final. Depois de muito investigar e nada concluir, enquanto ficava mais e mais debilitado, José Roberto precisou ser internado no Hospital Municipal de São Paulo. Na ocasião, ele realizou uma tomografia e no dia 19 de fevereiro de 2020, foi diagnosticado com câncer no mediastino com metástase na traqueia e no esôfago.
O médico que o atendeu fez um encaminhamento para iniciar tratamento oncológico. Quando o paciente e sua filha, Kátia Amaro, foram dar entrada na UBS Integral Jardim Três Marias no dia 21 de fevereiro, foram informados de que ele precisaria realizar a broncoscopia (biópsia) antes ser inserido na regulação. Porém, a previsão de agendamento para o exame era para dali a 6 meses.
Por indicação de uma pastora de sua igreja que teve câncer de mama, Kátia conheceu o Oncoguia e entrou em contato com o nosso Canal Ligue Câncer no dia 2 de abril para pedir uma orientação sobre o que poderia fazer. Seu pai estava com dor, sem apetite, debilitado e começou a ter sangramento pelas narinas. Apesar de terem procurado por duas vezes o pronto socorro do Hospital Santa Marcelina, a família foi informada de que nada poderia ser feito antes da realização da broncoscopia.
Orientação e auxílio
Kátia foi atendida pela especialista em atendimento do nosso 0800, Shirlei Guerini, que a informou sobre a lei dos 60 dias e apresentou para a Kátia a possibilidade do pai ser atendido no programa de câncer de pulmão do Hospital Vila Santa Catarina mas que pra isso precisaria preencher alguns critérios. Após o envio de exames , o pai foi aprovado e recebeu o contato do hospital agendando uma consulta para o dia 8 de abril. Após passar pela consulta, José Roberto precisou ficar internado, porque estava muito debilitado. Ele também passou por uma série de exames como ressonância lombar, de tórax, cervical e de crânio, além de outros exames necessários para iniciar o tratamento oncológico.
“Demoramos muito para saber que o que ele tinha era câncer, ele já devia estar com isso há um ano quando começou a sentir dores e como não foi diagnosticado, cresceu rápido. Meu pai vai fazer sessões de radioterapia primeiro para reduzir o tamanho do câncer e para melhorar sua qualidade de vida, depois ele deverá fazer cirurgia da coluna”, conta Kátia.
No dia 14 de abril, José Roberto passou pela primeira sessão de radioterapia. Segundo Kátia, desde que foi internado no Vila Santa Catarina, o pai já parou de sentir as dores que sentia antes.
“Sou muito grata pela orientação, pelo cuidado e pela atenção que recebi do Oncoguia. Se não fosse com a ajuda de vocês, a gente não teria conseguido a consulta no hospital. Quando eu ligava para a Shirlei, além de me orientar, ela me ajudava a me acalmar, pois estava muito preocupada”, finaliza Kátia.
Embora neste momento o coronavírus tenha mudado um pouco as rotinas e os protocolos de atendimento, há casos em que os pacientes oncológicos não podem esperar o fim da pandemia para serem tratados, como foi o caso do José Roberto. Converse sempre com seu médico para saber qual a orientação dele para o seu caso neste momento de isolamento social.
E se você tem alguma dúvida ou está enfrentando alguma dificuldade para iniciar ou seguir com seu tratamento oncológico, entre em contato com o nosso canal Ligue Câncer pelo telefone 0800 773 1666. As ligações são gratuitas!