Biópsia para Diagnóstico do Câncer de Esôfago
O diagnóstico do câncer de esôfago só pode ser confirmado por uma biópsia, que é o procedimento no qual o médico remove uma amostra de tecido para análise. Esse procedimento é geralmente realizado durante a endoscopia.
HER2. Se o câncer de esôfago é diagnosticado em estágio avançado, não sendo possível a realização da cirurgia, nas amostras de biópsia será investigada a proteína HER2. Algumas pessoas com câncer do esôfago têm a proteína HER2 na superfície das suas células cancerosas, o que facilita o seu crescimento. Atualmente, existe um medicamento disponível que tem como alvo a proteína HER2, o trastuzumabe pode ajudar a tratar esse tipo de tumor, quando utilizado associado à quimioterapia. Apenas os cânceres que têm a proteína HER2 são susceptíveis de tratamento com trastuzumab, razão pela qual os médicos solicitam o exame.
PD-L1. O câncer de esôfago que não pode ser tratado cirurgicamente ou está disseminado é testado para a proteína PD-L1, que é encontrada em 35% a 45% dos cânceres de esôfago. Os tumores que produzem essa proteína podem ser tratados com o imunoterápico pembrolizumabe.
MMR e MSI. As células de câncer de esôfago podem ser testadas para verificar se apresentam altos níveis de alterações genéticas chamadas de instabilidade de microssatélites (MSI) ou se apresentam alterações em qualquer um dos genes de reparo de incompatibilidade (MMR) (MLH1, MSH2, MSH6, e PMS2).
Os cânceres de esôfago que testam positivo para MMR ou com alto MSI e que não podem ser tratados com cirurgia, se recidivaram após o tratamento inicial ou se disseminaram para outros órgãos podem se beneficiar da imunoterapia com o pembrolizumabe.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 20/03/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.