Biópsia para diagnóstico do mieloma múltiplo
Os principais tipos de biópsias e análises realizadas para o mieloma múltiplo são:
Biópsia da medula óssea
Os pacientes com mieloma múltiplo têm células plasmáticas em excesso na medula óssea. O procedimento a ser realizado é denominado biópsia e aspiração da medula óssea.
A aspiração da medula óssea consiste na inserção de uma agulha no osso da pelve para retirar uma pequena quantidade do líquido da medula óssea. Na biópsia, uma agulha maior é usada para remover uma pequena porção de osso e medula. As amostras coletadas são enviadas para análises, incluindo imunohistoquímica, citometria de fluxo e análises dos cromossomos, como cariótipo e hibridização fluorescente in situ (FISH).
- Imunohistoquímica. Nesse exame, uma parte da amostra de biópsia é tratada com proteínas especiais que provocam alterações na cor e ajudam a identificar as células de mieloma.
- Citometria de fluxo. Nesse método, uma amostra de medula óssea é tratada com proteínas especiais que aderem apenas a determinadas células. Isso permite determinar se existem células anormais e se são células de mieloma, de linfoma, de algum outro tipo de câncer ou de uma doença benigna.
- Citogenética. Nessa técnica é possível avaliar os cromossomos nas células normais da medula óssea e nas células do mieloma. As células são observadas sob um microscópio para diagnosticar se os cromossomos têm quaisquer translocações, como pode acontecer em alguns casos do mieloma múltiplo. Algumas células do mieloma podem ter excesso, escassez ou outras anormalidades cromossômicas. Encontrar essas alterações pode, às vezes, prever o prognóstico.
- Hibridização fluorescente in situ. Esse exame utiliza corantes fluorescentes especiais que só se ligam a partes específicas dos cromossomos. Ele pode diagnosticar a maioria das alterações cromossômicas visualizadas nas análises citogenéticas, bem como outras alterações menores não percebidas pela citogenética usual. É um exame preciso e o resultado geralmente fica pronto em poucos dias.
Punção aspirativa por agulha fina
A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) utiliza uma agulha muito fina e uma seringa comum para retirar uma pequena quantidade de tecido de um tumor ou linfonodo. Esse procedimento é geralmente guiado por tomografia computadorizada. Uma desvantagem dessa técnica é que, em alguns casos, a agulha não consegue retirar uma quantidade de tecido suficiente para um diagnóstico definitivo.
Biópsia por agulha grossa
Essa biópsia é semelhante à PAAF, mas com uma agulha de grosso calibre, que permite que uma amostra maior de tecido seja retirada.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 28/02/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.