Biópsia para diagnóstico dos tumores cerebrais em crianças
A biópsia é a única maneira de fazer o diagnóstico definitivo de um tumor cerebral. Consiste na remoção de uma pequena quantidade de tecido para exame ao microscópio.
A amostra removida durante a biópsia é analisada por um patologista, médico especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de células, tecidos e órgãos para diagnosticar a doença. Se células cancerígenas estão presentes, o patologista determinará o tipo de tumor cerebral a que corresponde.
Os principais tipos de biópsias para diagnóstico do tumor cerebral são:
- Biópsia estereotáxica. Este tipo de biópsia é realizado quando os riscos de uma cirurgia talvez sejam maiores pela localização do tumor (tumores em áreas vitais, tumores profundos no cérebro ou outros tumores que provavelmente não possam ser tratados com cirurgia), mas uma amostra de tecido é necessária para definir o diagnóstico. É uma técnica minimamente invasiva que usa um sistema de coordenadas tridimensional para localizar o tumor no cérebro e realizar a biópsia. Neste procedimento o paciente é sedado e levado ao centro cirúrgico, onde uma estrutura rígida é fixada na cabeça, para que o cirurgião se certifique que está mirando exatamente o tumor. Uma incisão é feita no couro cabeludo e uma pequena sonda é inserida no encéfalo até atingir o alvo. O procedimento é guiado por ressonância magnética ou tomografia computadorizada para ajudar o neurocirurgião a posicionar a agulha para recolher amostras de tecido. O tecido retirado é enviado ao patologista para análise.
- Craniotomia. A craniotomia ou biópsia cirúrgica é realizada para remover todo ou a maior parte do tumor. Neste procedimento, pequenas amostras de tecido são analisadas pelo patologista enquanto o paciente ainda está na sala de cirurgia, para um diagnóstico preliminar. O diagnóstico definitivo é feito alguns dias mais tarde no laboratório de patologia.
- Punção lombar. Este exame é realizado para determinar a presença de células cancerígenas no líquido cefalorraquidiano (LCR), que banha a medula espinhal e o cérebro. O procedimento consiste na aspiração do LCR através de uma agulha, para posterior exame patológico.
- Biópsia e aspiração da medula óssea. Como alguns tumores (especialmente meduloblastoma) podem se disseminar a outros órgãos, como ossos pode ser que o médico solicite biópsia e a aspiração da medula óssea. São dois exames realizados ao mesmo tempo e as amostras são geralmente colhidas do osso da pelve, embora em alguns casos, possam ser colhidas do esterno ou outros ossos. A biópsia da medula óssea é geralmente feita logo após a aspiração, com a remoção de uma amostra do osso com uma agulha. Estas amostras são enviadas para análise em um laboratório de patologia.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/03/2023, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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