Biópsia para Diagnóstico do Câncer de Pele Basocelular e Espinocelular
Biópsia é a remoção de uma pequena quantidade de tecido utilizando técnicas que preservam a lesão inteira de modo que a espessura potencial do tumor e sua margem possam ser examinadas em detalhe. O tecido removido é enviado para exame anatomopatológico.
Existem diferentes tipos de biópsias que podem ser utilizadas para diagnosticar um câncer de pele, e a escolha dependerá do tamanho da área afetada e da sua localização no corpo.
As biópsias da pele são geralmente feitas com anestésico local, que é injetado na região da lesão com uma agulha fina. O paciente provavelmente sentirá apenas uma pequena picada e um pouco de ardor quando o medicamento é injetado, mas durante o procedimento não deve sentir nenhuma dor.
Tipos de biópsias
- Biópsia por shaving. Neste tipo de biópsia, o médico anestesia a área e, em seguida, “raspa” as camadas superiores da pele com uma lâmina cirúrgica. Normalmente, a epiderme e a parte externa da derme são retiradas e, se necessário, as camadas mais profundas também podem ser retiradas. Em caso de sangramento no local da biópsia ele é controlado aplicando-se medicamentos ou cauterizando-se a ferida com uma pequena corrente elétrica.
- Biópsia punch. Na biópsia punch o médico remove uma amostra mais profunda utilizando um cilindro cortante que atravessa várias camadas da pele, incluindo a derme, epiderme e a parte superior do tecido celular subcutâneo. O procedimento é realizado com anestesia por um médico dermatologista.
- Biópsias incisional e excisional. Para examinar um tumor localizado nas camadas mais profundas da pele, o médico pode utilizar a biópsia incisional ou excisional. Após a administração de um anestésico local, o médico remove, com o uso de um bisturi, uma camada da pele que é enviada para exames. A biópsia incisional remove apenas uma parte da lesão. Uma biópsia excisional remove toda a lesão.
Exame das amostras
Todas as amostras de biópsias de pele são enviadas para análise por um patologista, que é o médico especializado no estudo das células, tecidos e órgãos para diagnosticar uma doença. Se células cancerígenas estão presentes, o patologista determinará o tipo de câncer de pele identificado na amostra.
Biópsia do linfonodo
É raro o câncer de pele basocelular ou espinocelular se disseminar para outras partes do corpo, mas quando isso acontece geralmente o primeiro local afetado são os linfonodos (gânglios linfáticos) próximos. Se durante o exame físico o médico sentir que os linfonodos próximos ao tumor estão aumentados, ele solicitará uma biópsia para verificar a possibilidade de disseminação da doença.
Biópsia aspirativa por agulha fina (PAAF)
Nesse procedimento, utiliza-se uma seringa com agulha fina para retirar células e pequenos fragmentos do tecido. Essa biópsia é realizada com anestésico local, raramente causa grande desconforto, e não deixa cicatriz.
A punção aspirativa por agulha fina não é uma técnica tão invasiva como outros tipos de biópsia, mas nem sempre fornece uma quantidade de tecido suficiente para o diagnóstico do câncer de pele basocelular e espinocelular.
Biópsia cirúrgica do linfonodo
Este procedimento pode ser usado para remover um linfonodo através de uma pequena incisão na pele. Essa técnica é utilizada quando o tamanho do linfonodo sugere a disseminação da doença. Se o linfonodo for superficial, o procedimento é realizado com anestesia local, mas se estiver localizado em camadas mais profundas do corpo, o paciente pode necessitar de anestesia geral.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 26/07/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.