Biópsias do Câncer de Pulmão Pequenas Células

A biópsia é a única maneira de fazer o diagnóstico definitivo de câncer de pulmão de pequenas células. Consiste na remoção de uma pequena quantidade de tecido para exame ao microscópio.

A amostra removida durante a biópsia é analisada por um patologista, médico especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de células, tecidos e órgãos para diagnosticar a doença. Se células cancerígenas estão presentes, o patologista determinará o tipo de câncer de pulmão a que corresponde.

Os procedimentos mais utilizados para obter o diagnóstico e estadiamento do câncer de pulmão de pequenas células são:

  • Citologia de escarro

Neste procedimento, o médico colhe material da expectoração do paciente e a amostra é enviada para análise para verificar a presença de células cancerígenas. Esta técnica é útil para diagnosticar cânceres que começam nas principais vias aéreas, como a maioria dos cânceres de pulmão de pequenas células e de pulmão de células escamosas.

  • Toracocentese

Este procedimento é utilizado em casos de derrame pleural. É utilizada uma agulha estéril para retirar uma amostra do líquido pleural para exame de laboratório.

O derrame pleural também pode ser causado por outras doenças, como insuficiência cardíaca ou infecções.

  • Biopsia por agulha

Muitas vezes a biópsia pode ser realizada com auxílio de agulhas, que consiste na coleta de uma pequena amostra do tecido pulmonar, para exame anatomopatológico:

  1. Punção aspirativa por agulha fina (PAAF). O médico utiliza uma agulha muito fina, para aspirar algumas células do tumor, que são posteriormente enviadas para análise.
  2. Punção por agulha grossa (core biopsy). O médico utiliza uma agulha de calibre maior para remover um ou mais núcleos de tecido. 

Uma vantagem das biópsias por agulha é que não necessitam uma incisão cirúrgica, mas em alguns casos não fornecem amostras suficientes para o diagnóstico.

Biópsia por agulha transtorácica. Se existe suspeita que o tumor está localizado na parte externa dos pulmões é realizada a biópsia transtorácica, que consiste na inserção da agulha direto no tórax, sob anestesia local. O procedimento é orientado com exame de raios X com fluoroscopia ou tomografia computadorizada.

Uma complicação possível desta técnica é que o ar pode escapar do pulmão no local da incisão, para o espaço entre o pulmão e a parede torácica (espaço pleural). Isto pode provocar que parte do pulmão colapse causando dificuldades respiratórias. Esta complicação, denominada pneumotórax, pode ser resolvida espontaneamente quando é pequeno, ou seja, sem qualquer tratamento. Vazamentos maiores são tratados inserindo-se um pequeno dreno no espaço pleural para retirar todo o ar que entrou durante o procedimento, o dreno permanecerá por 1 ou 2 dias, para o pulmão voltar a sua condição normal.

A PAAF também pode ser realizada para retirar amostras dos linfonodos próximos à traqueia e brônquios. Isto pode ser feito durante a broncoscopia ou ultrassom endoscópico.
Uma vantagem das biópsias por agulha é não necessitar uma incisão cirúrgica, mas, em alguns casos, elas podem não fornecer material suficiente para um diagnóstico.  A punção aspirativa por agulha fina também pode ser feita para verificar a existência de câncer nos gânglios linfáticos no mediastino. A punção aspirativa por agulha fina transtraqueal ou transbrônquica é feita introduzindo a agulha através da parede da traqueia ou brônquios durante a broncoscopia ou ultrassom endobrônquica. Em alguns casos, a biópsia é realizada durante uma ultrassonografia endoscópica esofágica passando a agulha através da parede do esôfago.

  • Broncoscopia

É um procedimento invasivo que utiliza o broncoscópio, um tubo flexível, com uma pequena câmera na extremidade. O médico insere o broncoscópio pelas vias aéreas superiores (nariz ou boca) do paciente até atingir a região onde se encontra a lesão suspeita de câncer. Ferramentas minúsculas no interior do broncoscópio são utilizadas para retirar amostras de secreção ou tecido para posterior análise. Durante a broncoscopia o paciente é sedado.

Fonte: American Cancer Society (16/05/2016)

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