[CÂNCER COLORRETAL] Geraldo Voltz Laps

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?

Geraldo Voltz - Meu nome é Geraldo Voltz Laps, administrador de empresas, 51 anos, natural de Porto Alegre/RS. Casado e pai de uma filha adolescente. Apaixonado por ciência e tecnologia, e também gosta de história (geral, em especial medieval) e poesia.

Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer colorretal?

Geraldo Voltz - Fazendo um check-up de rotina, ao notar queda de peso e cansaço excessivo.

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu?

Geraldo Voltz - Fiquei aliviado de finalmente descobrirem o que estava acontecendo comigo, afinal, foram sete dias de exames, internado em um hospital de Porto Alegre.

Instituto Oncoguia - Qual era a sua maior preocupação neste momento?

Geraldo Voltz - O dia seguinte, como seria e como eu reagiria.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso?

Geraldo Voltz - A cirurgia foi um sucesso e recebi muito apoio da equipe médica, técnicos de saúde, familiares e amigos.

Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento?

Geraldo Voltz - Começei o tratamento na primeira semana de dezembro/2008 e o encerrei na primeira semana de maio/2009.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?

Geraldo Voltz - Como só fiz quimioterapia, falo sobre ele, foi complicado administrar todas as mudanças.

Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?

Geraldo Voltz - Tive vários efeitos colaterais, mas todos foram citados pelo oncologista. O pior, com certeza, é o cansaço e as neuropatias periféricas (mãos e pés).

Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?

Geraldo Voltz - Extremanente profissional e disponível, informou-me corretamente todos os passos desde a primeira sessão de quimioterapia, até as presentes consultas de controle.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou?

Geraldo Voltz - Equipe de enfermagem que administrou as sessões de quimioterapia.

Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento psicológico?

Geraldo Voltz - Não fiz, mas recomendo fortemente, as alterações emocionais que ficamos sujeitos são impressionantes. Estava tão ansioso pelas consequências físicas do tratamento que não observei que o emocional também fica (fortemente) abalado.

Instituto Oncoguia - E com nutricionista?

Geraldo Voltz - Não tive, porém o médico me recomendou alguns alimentos que seriam importantes na minha recuperação. Mas depende de cada caso.

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?

Geraldo Voltz - Aprendi a ser paciente de câncer e creio que estou aprendendo, a cada dia, adaptar-me às novas realidades que a doença me proporcionou.

Instituto Oncoguia - Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.

Geraldo Voltz - Pensei muito em tudo que me aconteceu e resolvi transformar em um blog pessoal, que tinha somente variedades, em voz para notícias do câncer. Isto desde abril/ 2010.

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

Geraldo Voltz - Que o câncer não é o fim, pode ser uma nova jornada de autoconhecimento, podemos ali vivenciar novas realidades e modificar atitudes. Mas o mais importante, é não pensar em derrotas, e sim em vitórias diárias. O paciente com câncer é um "guerreiro” que nunca deve desistir da luta pela cura.

Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?

Geraldo Voltz - Fundamental, a informação pode beneficiar e muito o paciente, ter acessos a todas as informações possíveis sobre sua doença e seu tratamento vão tornar sua vida mais clara e objetiva.

Instituto Oncoguia - Você buscou se informar? De que maneira?

Geraldo Voltz - Sim, procurei informações por todas mídias (digitais, escritas, televisadas)

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?

Geraldo Voltz - Na internet, por estar procurando informações sobre o câncer para meu blog.

Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?

Geraldo Voltz - Acho excelente a oportunidade que o Instituto proporciona aos pacientes de câncer falarem sobre a doença. Não teria uma sugestão especifica a dar, porém, com o tempo e maior interação, quem sabe?