[CÂNCER COLORRETAL] Maria de Fátima Jacinto

Maria de Fátima Jacinto

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?

Maria de Fátima Jacinto - Sim. Meu nome é Maria de Fátima Jacinto, tenho 52 anos. Sou massoterapeuta e escritora. Tenho uma longa história de superação.

Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?

Maria de Fátima Jacinto - Em 2011 comecei a emagrecer sem estar fazendo nenhuma dieta, depois comecei a sentir uma fraqueza enorme, procurei um médico e após 45 dias de muitos exames, chegou a conclusão que deveria procurar um Gastro, que me pediu uma endoscopia, e uma colonoscopia, a colonoscopia mostrou o tumor, e a biópsia confirmou.

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico?

Maria de Fátima Jacinto - Não sei ainda explicar o que senti, parecia que estava vendo minha vida escapar das minhas mãos, por três dias foi terrível, depois fui mudando e vendo a situação de outro ângulo.

Instituto Oncoguia - Qual era a sua maior preocupação neste momento?

Maria de Fátima Jacinto - Meus filhos, minha família, não ter conseguido resolver tantos problemas que na época achava que tinha que resolver.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso?

Maria de Fátima Jacinto - Mudei totalmente a forma de pensar e agir, mudei minha vida completamente, nem me reconheço mais como a pessoa que era.

Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento?

Maria de Fátima Jacinto - Sim. Estou em tratamento há dois anos.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil?

Maria de Fátima Jacinto - Acredito que todos são muito difíceis, mas a quimioterapia com duração de 46 horas que tenho que fazer internada a cada 15 dias, tem sido bastante puxado.

Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?

Maria de Fátima Jacinto - Sim. Dores abdominais e nas costas, náuseas.

Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?

Maria de Fátima Jacinto - É excelente. Tenho plena confiança em meu oncologista.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou?

Maria de Fátima Jacinto - Com fisioterapeutas, enfermeiras e o proctologista. E atualmente com todos os funcionários do Hospital do Câncer de Rondonópolis.

Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento psicológico?

Maria de Fátima Jacinto - Sim algum tempo, depois parei.

Instituto Oncoguia - E com nutricionista?

Maria de Fátima Jacinto - Não

Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?

Maria de Fátima Jacinto - Estou em tratamento.

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?

Maria de Fátima Jacinto - Infinitamente melhor do que antes do diagnóstico, o câncer me fez ver tudo o que estava perdendo com o hábito de vitimização. Sou outra pessoa, caminhando com passos mais seguros diante da vida. E a certeza que hoje tenho mais vontade de fazer, agir e realizar. Sonho em um dia poder contar isso para um número maior de pessoas que o diagnóstico pode não ser um fim, e sim um novo começo.

Instituto Oncoguia - Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.

Maria de Fátima Jacinto - Realizar meu grande sonho de ver meu livro publicado, e fazendo sucesso, sei que tenho potencial para ajudar muita gente com meus blogs com meu livro. Estou procurando patrocinadores para os blogs. Tenho dois blog, um há mais de 5 anos onde falo sobre violência doméstica. E outro que criei após o diagnostico "Tenho câncer e quero viver" onde falo da importância de uma vida mais saudável e mais positiva, com menos máscaras para a cura, para conseguir ter tranquilidade para escrever e também condições de publicar o meu livro. Hoje estou vivendo apenas com o auxílio doença de um salário mínimo, e isso realmente não consegue suprir minhas necessidades me deixando ansiosa. O que acaba interferindo em minha criação.

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

Maria de Fátima Jacinto - Tenha calma e procure usar esse momento único para transformar sua vida, suas relações, na pessoa que você sempre sonhou em ser. Esse é sem dúvida o melhor momento.

Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?

Maria de Fátima Jacinto - Primordial, acredito que a grande ansiedade que vemos dentro da clínica, na sala de quimioterapia, é apenas falta de informação correta. Ainda existe muita "lenda” cercando o câncer e a quimioterapia.

Instituto Oncoguia - Você buscou se informar?De que maneira?

Maria de Fátima Jacinto - Sim. Muito. Principalmente na internet, e pergunto muito para meu médico, também em livros.

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?

Maria de Fátima Jacinto - Na internet pesquisando sobre câncer há dois anos.

Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?

Maria de Fátima Jacinto - Antes de sugerir eu quero parabeniza-los pelo trabalho excelente que vocês desenvolvem. Sem nenhuma dúvida é um valioso trabalho para qualquer paciente de câncer. Sou grata por isso.

Uma campanha a nível nacional para que o SUS cubra os medicamentos de terceira linha do tratamento, são medicamentos caros, e que quando entramos na justiça o tempo para conseguir é muito longo e pacientes de câncer não tem esse tempo... além das interrupções no tratamento devido a demora na liberação do dinheiro para a compra. O SUS deveria fazer essa distribuição.

Instituto Oncoguia - Você sabia que possuímos um trabalho focado na melhoria da situação do Câncer no Brasil?

Maria de Fátima Jacinto - Sim.

Instituto Oncoguia - Estamos sempre em contato com políticos e gestores que podem ajudar a melhorar as políticas públicas brasileiras relacionadas ao câncer. Se você fosse mandar um recado para um político, o que você gostaria que mudasse ou melhorasse considerando tudo o que você passou?

Maria de Fátima Jacinto - Já dei o recado acima, dos medicamentos e também acredito que pacientes de câncer deveriam ter uma ajuda diferenciada do INSS, temos tantas necessidades especiais, temos que ir até o hospital várias vezes ao mês, são um grande número de exames que são feitos periodicamente, a alimentação é bastante diferenciada, é impossível suprir todas essas necessidades básicas com um salário mínimo.
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