[CÂNCER DE MAMA] Aline Silva

Aline Silva - Me chamo Aline Silveira Silva, tenho 29 anos, sou farmacêutica, moro em Brasília - DF e gosto muito de cinema, viagens e dança.

Aline Silva - Câncer de mama ductal invasivo.

Aline Silva - Senti um nódulo na mama esquerda, demorei uns 3 meses para começar a investigar. Graças a Deus não é um tipo de câncer tão agressivo e o tumor não avançou tanto. O nódulo tinha 2 cm quando descobri.

 

Aline Silva - Como eu sempre digo, o chão se abre sob os pés. Você fica perdido, não sabe o que fazer e sente que a vida acabou.

 

Aline Silva - Sobreviver a tudo o que eu iria passar. Sabia que não seria nada fácil. Tive medo de perder as pessoas que amo e de faltar para o meu filho.

 

Aline Silva - Busquei colocar em prática o conhecimento que eu tinha na área da saúde, então fui atrás de informação confiável, recomendações de bons médicos e de pessoas que passaram pela mesma situação. Criei uma página no facebook para falar sobre o que estava acontecendo aos amigos, família e a quem pudesse interessar. Compartilhar informações, experiências e saber que outras pessoas venceram me ajudou demais. Me deu esperança e ajudou a passar por isso com otimismo, informação, beleza, alegria, desmistificando essa doença.

 

Aline Silva - Sim, já estou na última fase, a radioterapia.

 

Aline Silva - A quimioterapia, porque é o tratamento que causa mais consequências físicas, psicológicas e emocionais. Eu perdi o cabelo, peso, ânimo e a imunidade, algumas vezes. Mas a cirurgia também me amedrontou bastante, principalmente porque tive que fazer esvaziamento axilar.

 

Aline Silva - Tive queda da imunidade, enjoo, cansaço, coceira nas mãos e pés e dores durante a quimio. Mas tudo isso passa. Hoje eu sinto um pouco de fraqueza no braço esquerdo por causa do esvaziamento axilar. Com a radio, senti queimar um pouco pele já nos primeiros dois dias, mas estou seguindo as orientações médicas e melhorou.

 

Aline Silva - Ótima, isso é muito importante ao longo do tratamento. Sempre busquei me envolver nas decisões sobre a minha, questionar, tirar todas as dúvidas, mostrar que eu estava bem informada e que queria cooperar para ter minha saúde de volta.

 

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou? 

Aline Silva - Psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e amigas nutricionistas.

 

Aline Silva - Sim, foi imprescindível. Acho que a família também deveria ter acompanhamento.

 

Aline Silva - Infelizmente não consegui fazer um acompanhamento rigoroso, mas conversei com amigas da área que me deram boas dicas.

 

Aline Silva - Termino em março/abril.

 

Aline Silva - Melhor, hoje lido melhor com a situação e sei que logo tudo acabará. 

Aline Silva - Quero viajar assim que o tratamento acabar, viajar para descansar. Depois vou voltar aos estudos, fazer meu doutorado e quero morar fora do país um tempo, aprender novas culturas e idiomas.

 

Aline Silva - Muitas! São tantas questões a serem compartilhadas! Eu diria para a pessoa dar uma olhada na minha página "Câncer com otimismo" <www.facebook.com/cancercomotimismo>, que tem várias informações e experiências. Também diria que isso vai passar, é uma fase e você não está sozinho nessa! Tenha fé!

 

Aline Silva - Extrema importância, faz com que a pessoa queira participar das decisões tomadas sobre a SUA saúde e faz com que ela faça as coisas da maneira correta, porque sabe o porquê das coisas.

 

Aline Silva - Sou da área, trabalho com saúde baseada em evidências, mas além das informações científicas busquei muito a informação sobre as experiências práticas de pessoas que já passaram/passam pela mesma situação.

 

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?  

Aline Silva - Buscando informações na internet.

 

Aline Silva - Acho que antes de dar um recado aos políticos, eu pediria aos médicos e profissionais da saúde que tenham mais sensibilidade com os pacientes, pois todos estão suscetíveis a doença, todos nós somos ou seremos pacientes um dia. Por isso eu pediria a mesma coisa aos gestores/políticos: que também se colocassem mais no lugar do paciente.