[CÂNCER DE MAMA] Ana Marcia Oliveira

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?

Ana Marcia Oliveira - Ana Marcia de Melo Salgado Oliveira, 43 anos, Campinas-SP. Gosto muito de ir à praia, visitar amigos e viajar.

Instituto Oncoguia - Qual seu tipo de câncer?

Ana Marcia Oliveira - Câncer de mama (mama direita)
 
Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?

Ana Marcia Oliveira - No exame ressonância magnética que eu decidi solicitar a uma mastologista, pois nem na ultrassom e nem na mamografia acusou nada de errado. E como minha irmã mais velha depois de 10 anos que teve câncer de mama, deu recidiva em fevereiro/2014, e minha mãe também teve em 2000,  resolvi buscar essa investigação por conta própria.

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico?

Ana Marcia Oliveira - Logo após a realização da ressonância magnética, acompanhando as considerações das médicas que me examinaram, logo percebi que tinha algo de errado, embora ainda não tinha sido feita a biópsia. Fiz a biópsia no dia 12 de março e recebi o resultado em 19 de março/14. Então não foi um impacto inesperado, já estava meio de sobreaviso.

Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento?

Ana Marcia Oliveira - A minha maior preocupação no momento do resultado do diagnóstico, foi saber a melhor maneira de compartilhar com o meu marido. Fiquei preocupada como daria a notícia, pois ele acompanhou a mãe durante o tratamento de câncer no cérebro e ela veio a falecer. Mas ao compartilhar, descobri que ele estava preparado para mais uma intercorrência da vida.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso?

Ana Marcia Oliveira - Depois do diagnóstico fui me consultar com o mastologista e cirurgião plástico para saber qual a melhor opção de cirurgia a ser adotada. Os três mastologistas que consultei foram unânimes em orientar mastectomia bilateral. E foi o que decidi fazer. A mama esquerda profilática e a direita para retirada do tumor e de uma margem segura.

Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento?

Ana Marcia Oliveira - Sim. Dia 04 de julho tomei a 1ª sessão de quimioterapia.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil?

Ana Marcia Oliveira - Na minha opinião, embora a maioria das mulheres que tive contato na clínica que faço acompanhamento, disseram que tiveram mais medo da parte cirúrgica do que da própria quimioterapia. No meu caso, estou achando o contrário. Os efeitos da quimioterapia são mais incômodos. Embora a minha quimioterapia seja a ministração dos medicamentos CMF, que não perdi o cabelo, ainda assim me fazem passar mal.

Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? 

Ana Marcia Oliveira - Tenho tido canseira nas pernas, a partir do joelho pra baixo, enjoos e algumas vezes dor de cabeça. Mas, o mais frequente é a dor nas pernas. 

Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?

Ana Marcia Oliveira - Como o meu mastologista foi de bastante franqueza e segurança, ele foi o mastologista e também o cirurgião plástico, acompanhado de duas médicas mastologistas auxiliares. O resultado da cirurgia foi excelente.  A localização do tumor não prejudicou nem a pele e nem o mamilo de minha mama direita, logo está bem bonito o resultado.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou? 

Ana Marcia Oliveira - Faço acompanhamento além do meu mastologista Dr. Cesar Cabello dos Santos da Clinica Mastocamp em Campinas, faço acompanhamento com a oncologista, Dra. Nádia Sclearue de Siqueira, do CQA (Centro de Quimioterapia Ambulatorial da Unimed em Campinas).

Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento psicológico?

Ana Marcia Oliveira - Sim. No CQA temos psicólogos para nos auxiliar durante o tratamento. E comecei a fazer terapia com uma psicóloga particular. 

Instituto Oncoguia - E com nutricionista?

Ana Marcia Oliveira - Fiz consulta com uma nutricionista da Mastocamp e também outra nutricionista do CQA, que a partir dessas consultas estou seguindo as dietas orientadas por elas.

Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?

Ana Marcia Oliveira - Ainda estou em tratamento. Fiz a segunda sessão de quimioterapia. Será um total de 8 sessões. Não foi preciso fazer radioterapia

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? 

Ana Marcia Oliveira - Agora que passou o processo pré-operatório e pós-operatório, que já estou fazendo as quimioterapias, senti que as coisas começaram a se estabilizar e entrar num ritmo mais calmo. Já não estou mais ansiosa com as buscas de especialistas ou hospitais adequados para cirurgia e tratamento. Sinto-me mais calma. 

Instituto Oncoguia - Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.

Ana Marcia Oliveira - Sou secretária executiva no Instituto de Pesquisas Eldorado (www.eldorado.org.br) há 15 anos. Gosto muito da minha profissão e dessa empresa que trabalho. Aqui é um ambiente acolhedor e motivador. Gosto bastante de vir trabalhar, inclusive voltei às atividades um mês após a cirurgia que foi em 06 de maio/14. Meus planos para o futuro deram uma mudada. Eu, embora, com 43 anos ainda sonhava em ter filhos, inclusive nesse ano estava me preparando para buscar uma clínica de reprodução humana em SP que ajuda pessoas que não possuem condições financeiras para fazer um tratamento de fertilização, mas devido ao diagnóstico, eu parei de pensar sobre isso. Agora o meu plano para o futuro é buscar uma qualidade de vida mais saudável e superar esse desafio que me foi proposto.

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

Ana Marcia Oliveira - Minha orientação é tentar manter a calma. Não se desesperar e não ficar buscando opiniões de leigos, mas se dirigir a um especialista de confiança e seguir cada orientação dada. E no mais é ter fé em Deus que tudo na vida passa. Que tudo tem uma saída e um aprendizado. Sei que é fácil falar, pois no momento do diagnóstico você fica meio sem ação, especialmente se tinha uma vida saudável,  como ir sempre nas consultas médicas periódicas, praticar esportes, cuidar da alimentação, não beber bebidas alcoólicas e nem fumar. Pois parecia que tudo iria ser sempre o melhor, mas acidentes acontecem como todo mundo. Então resolvi encarar o diagnóstico como tivesse sofrido um acidente. Como sair de casa e bater o carro ou ser atropelado, o que pode acontecer com qualquer um, e o acidente pode trazer algumas sequelas. 

Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?

Ana Marcia Oliveira - É de total importância. Saber a informação certa é de fundamental importância. E essa informação somente é adquirida com médicos especializados. Embora a gente possa conhecer algumas pessoas que tiveram câncer de mama ou outro tipo, temos que ter em mente que cada experiência é individual. Cada tratamento direcionado a cada tipo de diagnóstico. Obter informações seguras é parte fundamental para o progresso e sucesso do tratamento.

Instituto Oncoguia - Você buscou se informar?

Ana Marcia Oliveira - Primeiramente com o meu mastologista. Depois com o mastologista que operou a minha mãe e minha irmã. Depois pesquisei em sites seguros, como o oncoguia, do Dr. Drauzio Varella e também o site do hospital Sirio Libanes.

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?  

Ana Marcia Oliveira - Conheci numa das buscas sobre tratamento de câncer de mama.

Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?

Ana Marcia Oliveira - Eu achei todas as informações que busquei no Oncoguia. Até quando estive em dúvida sobre realizar ou não o teste Oncotype DX http://www.genomichealth.com/ vocês me deram boa orientação a respeito, o que me deixou ainda mais segura em realizar o mesmo. Talvez se tivesse uma sessão que falasse um pouco desse teste, caso seja possível, afinal tem um laboratório http://advancemedical.com.br/ em São Paulo que é parceiro do Genomic Health, que talvez não seja interessante para vocês realizarem essa divulgação, pois eu só soube de primeiro momento sobre o teste, através do meu oncologista. 

Instituto Oncoguia - Você sabia que possuímos um trabalho focado na melhoria da situação do Câncer no Brasil? Estamos sempre em contato com políticos e gestores que podem ajudar a melhorar as políticas públicas brasileiras relacionadas ao câncer. Se você fosse mandar um recado para um político, o que você gostaria que mudasse ou melhorasse considerando tudo o que você passou?

Ana Marcia Oliveira - Eu gostaria que os planos de saúde pudessem pagar por esse teste, como é gratuito nos Estados Unidos, Europa, Canadá, Chile, Argentina e na Venezuela. Através desse teste foi orientado qual tipo adequado de quimioterapia seria mais eficiente no meu tratamento.
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