[CÂNCER DE MAMA] Carmem Lucia Correia Genoese

Carmen Lucia Correia Genoese, diagnosticada com câncer de mama, nos enviou este depoimento a fim de dividir sua experiência e, quem sabe, ajudar outras pessoas que estejam passando pela mesma experiência.

Leia abaixo a história de Carmen Lucia Correia Genoese.

Meu nome é Carmen Lucia Correia Genoese, tenho 49 anos, moro no Rio de Janeiro (Capital) e gosto muito de ficar em casa.

Na verdade, quando eu tinha, mais ou menos, uns 13 anos, me apareceu um caroço na mama esquerda. Minha mãe me levou ao médico e ele disse que não era nada grave. O tempo foi passando, aos 15 anos me casei, tive três filhos e não me preocupei mais em procurar um médico. Só que com o passar dos anos comecei a me preocupar, pois no local do caroço a pele começou a ficar vermelha e foi ficando enrugada.

Então, eu procurei um hospital e me mandaram fazer uma ultrassonografia e uma mamografia. O médico viu algo errado e mandou fazer uma biópsia. Esperei alguns dias para pegar o resultado, mas eu lia muito sobre câncer de mama e tinha quase certeza que o resultado seria positivo. Mesmo assim foi um choque muito grande, entrei em desespero, comecei a chorar e o médico me acalmou, dizendo que era para eu não me preocupar porque estava no início e que ainda teria jeito.

Mas, o pior foi quando ele me encaminhou para o INCA para começar fazer o tratamento, que eu recebi a notícia que iria ficar sem a mama. FOI A PIOR NOTÍCIA DA MINHA VIDA, pois eu não esperava por isso. A minha maior preocupação era com o que iria acontecer dali pra frente.

Depois da terrível notícia, logo fiz o risco cirúrgico e, em menos de um mês, já fui operada. Logo depois da cirurgia tive que fazer seis sessões de quimioterapia, o que foi outra tragédia, pois eu não aceitava o fato de ficar careca, fora os enjoos que sentia! Foi muito ruim!

Depois da quimioterapia fiz 26 sessões de radioterapia, passei por psiquiatra, tomei antidepressivo, mas não resolveu nada, pois continuo com muita depressão.

Passei também pela nutricionista e hoje só faço uso de tamoxifeno, que terei que tomar até 2014. Uma coisa boa de tudo isso é que os médicos do INCA são todos uns amores, muito atenciosos, cuidadosos. Amo todos eles de verdade!

Esse ano, no mês de junho, depois de 4 anos de cirurgia fui chamada no hospital pra fazer a reconstrução. O cirurgião plástico me examinou e mandou que eu voltasse daqui 6 meses porque, infelizmente, ainda não consegui parar de fumar.

Mas de tudo isso que aconteceu comigo, eu acho que o que mais me deixou nessa tristeza toda foi eu ter ficado 27 anos casada com um cara que me maltratava, que bebia e usava drogas, e eu aguentando porque não trabalhava fora e não tinha como me manter. Aí quando eu resolvi dar um basta nessa vida que eu levava, eu pensei assim: Vou embora, arrumar um emprego e cuidar da minha vida! E foi o que eu fiz! Larguei ele, fui pra casa da minha mãe e comecei a procurar emprego. Daí, foi quando veio essa bomba e meus planos foram por água abaixo. Agora vivo com ajuda da minha mãe e pensão de ex-marido, o que me deixa muito pra baixo! Mesmo assim eu cheguei a arrumar um emprego esse ano, porém, não aguentei. Fiquei só dois meses porque tinha que pegar peso e eu não posso por causa do risco de linfedema. Mas continuo mandando currículo, quando aparecer um que não seja tão pesado, eu aceito. O meu plano para o futuro é só ter minha vida própria sem precisar depender dos outros.

A orientação que eu dou para quem está recebendo o diagnóstico hoje é que tenha fé em Deus, faça o tratamento corretamente e que, hoje em dia, a medicina está muito avançada e o câncer já não é mais um bicho de 7 cabeças igual antigamente. É só seguir as orientações médicas que tudo dará certo.

A informação durante o tratamento, pra mim, foi muito importante porque o que eu achava que era muito grave descobri que não era tanto, pois no meu caso, apesar de tanto tempo com esse caroço, depois que foi retirado, o oncologista me informou que não era agressivo e que era pequeno, graças a Deus!!

Pra terminar, eu conheci o Oncoguia através da internet. E o recado que eu mandaria para os políticos é que construam mais hospitais de câncer para evitar a sobrecarga, porque tem gente vindo de todos os municípios vizinhos para se tratar na capital. É ruim para os médicos e pior ainda para os pacientes que, às vezes, tem que ficar dependendo do transporte da Secretaria de Saúde que os trazem até os hospitais e só vão embora depois que o último paciente é atendido. Muito obrigada pela oportunidade de me deixar desabafar. Um abraço e fiquem com Deus.

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