[CÂNCER DE MAMA] Lilian Benassi

Lilian Benassi, diagnosticada com câncer de mama, nos enviou este depoimento a fim de dividir sua experiência e, quem sabe, ajudar outras pessoas que estejam passando pela mesma experiência.

Leia abaixo a história de Lilian Benassi:

Um novo olhar para a vida

Bastava olhar para minha mama que se notava a saliência. Começou com uma pequena alteração, um pequeno caroço, depois um inchaço e por fim uma leve sensação de dor. Sempre atenta ao meu corpo e com histórico familiar grande, não pensei duas vezes em dividir essas mudanças com minha mãe e meu marido.
 
Minha avó materna teve câncer de mama aos 66 anos, em 1991. Minha mãe, diagnosticada em 2000, aos 43 anos e, ao acompanhar seu tratamento, vivi de perto o doloroso processo que, felizmente, terminou bem. O que não poderíamos imaginar era repetir o episódio 12 anos depois, agora em papéis invertidos. Era eu, aos 33 anos, quem precisaria da ajuda de todos ao meu redor. O fato tinha ainda um agravante: o diagnóstico saiu exatamente dois dias depois da morte do meu pai (07/03/2012), que não resistiu às consequências também de um câncer. Em meio ao luto inesperado, fui obrigada a encontrar forças para enfrentar a situação.
 
O apoio da família, dos amigos e dos colegas de trabalho, foi fundamental para encarar essa verdadeira jornada. De início, ouvi que como meu histórico familiar era muito grande (avó materna, tia-avó paterna e mãe), a única solução era fazer mastectomia na mama doente e adenomastectomia na mama sadia, por precaução.

Além disso, recomendaram a retirada dos ovários. Inimaginável, aos 33 anos, me deparar com tamanha alteração em meu corpo. Fiquei pensando nos sintomas todos, no pós operatório, nas consequências de uma menopausa precoce. Trabalho em um laboratório farmacêutico e depois de dividir minhas dúvidas e preocupações com colegas da empresa, me incentivaram a procurar a ajuda da oncologista Dra. Socorro Portela, Diretora Médica da Unidade de Negócios Oncologia da empresa, que não pensou duas vezes em passar meu caso ao Dr. Max Mano, oncologista que, com sua dedicação incansável, me levou a realizar um procedimento cirúrgico muito menos agressivo do que os demais médicos haviam sugerido até então. Fui submetida a uma quadrentectomia, em 01/11/2012, pelas mãos da Dra. Maria do Socorro Maciel. Impecável doutora! Como a decisão foi iniciar o tratamento com 16 quimios + Herceptin, o tumor reagiu sensivelmente, quase que desaparecendo.
 
Como enfrentei todo o processo? De cabeça erguida, com um sorriso no rosto e com a certeza de que tudo acabaria muito bem!
 
Foram mais de 12 meses de batalhas diárias, entre quimios, cirurgia e radioterapia, para chegar até aqui com a força renovada e consciente da importância de estarmos juntos das pessoas que amamos.
 
O que deixo de ensinamento? Mulheres, conheçam seu corpo. Não tenham medo ou vergonha de conversar sobre qualquer alteração, mesmo que mínima. Esteja atenta aos seus exames de rotina. O diagnóstico precoce é o caminho para um tratamento de sucesso!