[CÂNCER DE TIREOIDE] Katiane Andrade

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar? Katiane Andrade

Katiane -
Olá, meu nome é Katiane Andrade, tenho 31 anos, moro em Brasília-DF.
Gosto de assistir filme, jogar conversa fora com meus amigos, ouvir música, comer massa, nadar, brincar com a minha cachorrinha, ai, tanta coisa.

Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?


Katiane - Senti um caroço no meu pescoço ao passar o protetor solar. Fiz exame de sangue, ecografia e punção no pescoço e na tireoide.

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu?

Katiane -
Quando li as características no resultado da ecografia, fiquei desconfiada e chorei.  Ao confirmar o diagnóstico fiquei sem ação. Na biópsia deu carcinoma papilar com metástase nos linfonodos.

Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento?

Katiane - Minha preocupação foi com a reação da minha mãe, o tamanho do corte da cirurgia e terminar a faculdade, estava no último semestre.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso?

Katiane - Fiz a cirurgia e procurei um oncologista. Fiz primeiro a Pesquisa de Corpo Inteiro (PCI) e depois a Iodoterapia.

Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento?

Katiane -
Já tomei o iodo radioativo. Agora tenho que tomar hormônio o resto da vida uma vez que não tenho mais a tireoide.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?

Katiane -
Apesar da cirurgia, ficar isolada é o mais difícil. Fiquei isolada no hospital e em casa. Meu TSH estava muito alto que para o tratamento é ótimo, no entanto estava sem energia, cansada.

Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?

Katiane - Sim, as minhas glândulas salivares doeram e incharam após tomar o iodo 131. Tive que chupar limão para melhorar.

Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?

Katiane - Ótima! O cirurgião, a endócrina, o oncologista sempre responderam meus e-mails e mensagens de texto cheio de dúvidas. Tiveram e tem muita paciência.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou?


Katiane -
Fonoaudiólogo e fisioterapeuta.

Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento psicológico?

Katiane - Não, mas o apoio dos amigos foi fundamental.

Instituto Oncoguia - E com nutricionista?

Katiane - Fiz. Aguardo a dieta alimentar.

Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?

Katiane -
Em outubro retorno ao oncologista para controle.

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?

Katiane - Como a dose do hormônio não está correta, ainda estou inchada, com o metabolismo lento, cansando facilmente. Sei que é questão de tempo para recuperar o meu peso antigo e voltar às minhas atividades.

Instituto Oncoguia - Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.

Katiane - Estou afastada do trabalho.  Quero continuar exercendo a profissão, crescer. Também quero viajar quando estiver 100%, para comemorar.

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

Katiane -
Ter bons pensamentos, estar ao lado de pessoas que irão animá-lo (a), se informar, se acalmar e, caso tenha uma religião, vá à igreja, ore.

Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?

Katiane - Muito importante! É o que faz ter coragem para enfrentar a doença.

Instituto Oncoguia - Você buscou se informar? De que maneira?

Katiane -
Sim. Li blogs, artigos científicos e sites sobre câncer.

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?  


Katiane -
Através de um blog.

Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?

Katiane -
Não. Achei o site completo.

Instituto Oncoguia - Você sabia que possuímos um trabalho focado na melhoria da situação do Câncer no Brasil? Estamos sempre em contato com políticos e gestores que podem ajudar a melhorar as políticas públicas brasileiras relacionadas ao câncer. Se você fosse mandar um recado para um político, o que você gostaria que mudasse ou melhorasse considerando tudo o que você passou?  

Katiane - Pelo câncer de tireoide ser bastante comum, gostaria que a ecografia fosse um exame obrigatório. E claro, que o tratamento fosse logo realizado após o resultado independente do câncer.
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