[CÂNCER DE ÚTERO] Vera Ladeiras

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar? 

Vera Ladeiras - Meu nome é VERA LUCIA LADEIRAS FREIRE. 

Instituto Oncoguia - Qual o seu tipo de câncer?

Vera Ladeiras - Tive câncer  no útero.

Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?

Vera Ladeiras - Sangramento – fluxo muito grande. 

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico?

Vera Ladeiras - Me senti como se estivesse recebido um atestado de óbito. Senti muito medo e grande vazio.

Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento?

Vera Ladeiras - Neste momento é fazer o controle através de exames – uma vez que após a cirurgia o médico responsável pela cirurgia me informou que meu caso estava muito no início e que não necessitaria de quimio. Fiquei feliz, mas também por vezes acho que deixo a fantasia tomar conta e trago o medo – como se a qualquer hora algo poderá acontecer.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso?

Vera Ladeiras - Após a cirurgia faço exames periódicos no INCA – e desde então tenho muito desconforto – tenho sempre muita infecção urinária – em um ano fiz dez. 

Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento?

Vera Ladeiras - Como falei anteriormente, não precisei fazer tratamento apenas acompanhamento.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil?

Vera Ladeiras - Falarei pelo que vejo e não pelo que passo: radioterapia, pois, as consultas são muito distantes e demoram muito.

Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?

Vera Ladeiras - Atualmente sou assistido por um dos médicos da equipe que me operou – apenas observo que ele só trata o câncer. A questão das infecções, ressecamento, nada disso parece ser da responsabilidade dele.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou? 

Vera Ladeiras - Nenhum.

Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento psicológico?

Vera Ladeiras - Só entrevista. Como não precisei fazer os tratamentos mais comuns ao câncer, se precisar  de alguma orientação,  terei que marcar. Acredito que não será algo difícil de conseguir

Instituto Oncoguia - E com nutricionista?

Vera Ladeiras - Só após cirurgia.

Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?

Vera Ladeiras - Estou sendo acompanhada.

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? 

Vera Ladeiras - Deixei  na ocasião algumas atividades. Hoje sou voluntária na ABRAPAC  e estou iniciando uma Oficina com pacientes  ligada  a atividades artesanais  tentando juntar, compartilhar, inserir e estimular atividades interativas.
 
Instituto Oncoguia - Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.

Vera Ladeiras - Estou meio perdida no mercado. Afastei-me por dois anos, já tenho 58 anos, sou psicóloga e sempre trabalhei em clínica de reabilitação com famílias, por isso procuro estar em atividade similar ao que fazia sendo hoje voluntária.

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

Vera Ladeiras - Não ficar sozinha, não se afastar, não se esconder e não esconder o que tem e pelo que está passando, procurar se esclarecer, conhecer o suficiente para lidar com as informações e emoções.

Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?

Vera Ladeiras - Acredito que a equipe multidisciplinar consegue esclarecer, indicar leitura, grupos de apoio é fundamental, ouvir o que o outro sente ou já sentiu, as etapas por que tem que passar ou irá passar, vinda de quem é paciente é bom, porém, sob a orientação de um profissional mediando.

Instituto Oncoguia - Você buscou se informar? 

Vera Ladeiras - A princípio alguma coisa já sabia. O que não ajudou muito, pelo contrário. Misturou com o medo e fez uma confusão emocional muito grande. Recebi um conselho de um médico para que eu tivesse muito cuidado com as conversas das salas de espera e que procurasse me informar melhor. Busquei um grupo tipo AA – 24 horas e me ajudou. 

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?  

Vera Ladeiras - Não conheço estou me aproximando agora – conheci no face da ABRAPAC.

Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?

Vera Ladeiras - Por enquanto não –  preciso conhecer vocês e tudo o que desenvolvem.

Instituto Oncoguia - Você sabia que possuímos um trabalho focado na melhoria da situação do Câncer no Brasil? 

Vera Ladeiras - Não sabia.

Instituto Oncoguia - Estamos sempre em contato com políticos e gestores que podem ajudar a melhorar as políticas públicas brasileiras relacionadas ao câncer. Se você fosse mandar um recado para um político, o que você gostaria que mudasse ou melhorasse considerando tudo o que você passou?  

Vera Ladeiras - Mais humanização, campanhas constantes de esclarecimentos,- um investimento grande na saúde em prevenção, facilitar meios, remédios e exames para aqueles que recebem o diagnóstico. É desesperador esperar, pois, o tempo passa a ser um grande inimigo.

Acredito que pequenos pólos de atendimento auxiliaria. Hoje temos o Inca que só recebe pessoas já diagnosticadas com a lâmina e diz que não mexe em pacientes que foram operados por outras instituições ou médicos. A maioria que lá chega vem de médicos particulares e, é por isso que conseguem chegar com a biopsia. Facilitar esses exames seria uma corrida contra o tempo, o que já auxiliaria (e muito) o emocional do paciente que se sentiria acolhido e tratado.

Diminuiria o medo e a tortura da espera e falta de resposta. Capacitar os hospitais já existentes a receber esses pacientes através de uma equipe especializada e após a cirurgia ter a responsabilidade de fazer todos os procedimentos necessários  do pós operatório. No setor ginecológico muitas e muitas mulheres, além do câncer ficam com sequelas. A maioria precisa de cirurgia de hérnia. Por exemplo no Inca só tratam câncer , um hospital faz atendimento e cirurgias ligadas ao câncer outros hospitais fazem as outras cirurgia.

Ouvi no Inca que eu deveria procurar outro hospital para a cirurgia de hérnia (grande) pois o instituto já faz a cirurgia de pacientes pelo SUS, nada mais justo que outros hospitais fizessem as demais cirurgias, porém,  nesses casos foram consequência da própria cirurgia feita por ocasião do câncer. O paciente fica se tratando do câncer em um hospital e busca vaga em outro para as demais cirurgias.

Não sei se é burocracia, economia, distribuição, organização ou falta de tudo isso junto.
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