Causas do linfoma de Hodgkin
Alguns pesquisadores acreditam que a infecção pelo vírus Epstein-Barr pode provocar alterações no DNA dos linfócitos B, levando ao desenvolvimento das células de Reed-Sternberg, que são as células cancerígenas do linfoma de Hodgkin.
As células humanas normais crescem e trabalham com base na informação contida no DNA de cada célula. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todas as células. Normalmente, as pessoas se parecem com seus pais, porque eles são a fonte de seu DNA.
Alguns genes contêm instruções para controlar o crescimento e divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo são chamadas de genes supressores de tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações do DNA que se transformam em oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor.
Os pesquisadores descobriram muitas mutações genéticas nas células de Reed-Sternberg que ajudam às células a crescerem e se dividirem ou viverem mais tempo do que deveriam. As células de Reed-Sternberg também produzem substâncias denominadas citocinas, que atraem e aumentam outras células dos linfonodos. Por sua vez, essas células não cancerígenas liberam substâncias que promovem o crescimento das células de Reed-Sternberg.
Apesar de todos os avanços recentes, os pesquisadores ainda não sabem o que desencadeia esses processos. Uma reação anormal ao vírus Epstein-Barr ou outras infecções pode ser o gatilho em alguns casos. Porém, mais pesquisas são necessárias para entender o que causa o linfoma de Hodgkin.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/05/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.