Cirurgia para câncer de pulmão de pequenas células

A cirurgia raramente é usada como a principal opção terapêutica do câncer de pulmão de pequenas células, uma vez que, na maioria das vezes, a doença já está disseminada quando é diagnosticada.
 
Menos de 5% dos casos, é diagnosticado apenas como um nódulo bem localizado, sem disseminação para os linfonodos ou outros órgãos. Nesse caso, a cirurgia pode ser uma opção de tratamento, geralmente seguida por tratamento complementar.
 
Se o médico indicar a cirurgia, será realizada uma prova de função pulmonar para verificar se o paciente ainda terá bastante tecido pulmonar funcional após o procedimento. Outros exames verificarão a função cardíaca e de outros órgãos para confirmar que o paciente tem condições físicas para a cirurgia.
 
Como o câncer de pulmão em estágio avançado não responde ao tratamento cirúrgico, o médico também solicitará exames para verificar se a doença já se disseminou para os linfonodos mediastinais. 
 
Tipos de cirurgia
 
O tipo de cirurgia depende da localização da lesão tumoral no pulmão:

  • Pneumonectomia (Pneumectomia). É retirado todo o pulmão.
  • Lobectomia. Consiste na retirada de um lobo do pulmão.
  • Segmentectomia. Consiste na retirada de parte de um lobo.
  • Ressecção em cunha. Uma seção das vias aéreas é retirada.

Em geral, a lobectomia é a técnica cirúrgica escolhida para câncer de pulmão de pequenas células. Em qualquer um desses tipos de cirurgia, os linfonodos próximos são removidos para evitar a possível disseminação da doença.
 
Possíveis riscos e efeitos colaterais
 
As possíveis complicações durante e após a cirurgia dependerão da extensão do procedimento e do estado de saúde geral do paciente, podendo incluir reações à anestesia, hemorragia coágulos sanguíneos nas pernas ou pulmões, infecções e pneumonia.
 
A cirurgia do câncer de pulmão é uma cirurgia de grande porte e sua recuperação normalmente leva de semanas a meses. Se os pulmões estão em boas condições geralmente o paciente pode retornar a suas atividades normais depois de algum tempo, mesmo se um lobo ou até mesmo um pulmão inteiro foi retirado. Se o paciente tiver outras doenças não cancerígenas relacionadas ao consumo de tabaco como enfisema ou bronquite crônica, ou doenças cardíacas, poderá apresentar ou piorar a falta de ar nas atividades após a cirurgia.
 
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.
 
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 23/12/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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