Cirurgia para retinoblastoma
Nem todos os tipos de retinoblastoma necessitam de cirurgia, como os tumores pequenos, por exemplo. Mas se o tumor for muito grande no momento do diagnóstico e a visão já estiver comprometida, sem nenhuma esperança de recuperação, o tratamento cirúrgico é recomendado, com a retirada do olho e do nervo óptico. Esse procedimento, também conhecido como enucleação, é realizado sob anestesia geral.
Nesse procedimento, geralmente, um implante orbital feito de silicone ou hidroxiapatita, uma substância semelhante ao osso, é colocado na cavidade ocular. Ele é ligado aos músculos que moviam o olho, de modo que deve se mover da mesma maneira que o olho natural. A cirurgia em si dura menos de uma hora e a criança pode ter alta hospitalar no mesmo dia.
Após algumas semanas, você poderá levar seu filho a um oftalmologista especializado em próteses oculares para providenciar um olho artificial que se encaixe adequadamente em seu implante orbital e sob as pálpebras como uma lente de contato. O olho artificial deverá corresponder com o tamanho e a cor do olho remanescente.
Quando o retinoblastoma ocorre em ambos os olhos, a enucleação dos dois olhos resultaria em cegueira completa. Se nenhum dos olhos tiver visão devido aos danos provocados pela doença, a enucleação é a melhor maneira de se certificar de que todo o tumor foi removido. Mas se existir alguma chance de salvar a visão em um ou em ambos os olhos, o médico pode indicar primeiro outro tipo de tratamento.
Possíveis efeitos colaterais
O efeito colateral mais óbvio da enucleação é a perda de visão, embora, na maioria dos casos, a visão já foi perdida devido à doença.
A remoção do olho também pode afetar o futuro crescimento do osso e outros tecidos em torno do globo ocular, o que pode tornar a área um pouco afundada. Usar um implante orbital pode diminuir esse efeito.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 03/12/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.