Classificação dos carcinomas de endométrio
O grau do câncer de endométrio está baseado na quantidade de glândulas que o formam e que são similares às glândulas encontradas no endométrio normal e sadio.
Em cânceres de baixo grau (graus 1 e 2) a maioria forma grupos glandulares. Quanto mais alto o grau (grau 3), mais células cancerígenas estão agrupadas de forma irregular ou desorganizadas e não formam grupos glandulares.
- Grau 1. Tumores com 95% ou mais de tecido cancerígeno que forma glândulas.
- Grau 2. Tumores com 50 a 94% de tecido cancerígeno que forma glândulas
- Grau 3. Tumores com menos da metade do tecido cancerígeno formando glândulas, é chamado de alto grau. Tendem a ser agressivos e têm um prognóstico menos favorável que os de baixo grau G1 e G2.
Câncer de endométrio tipo 1. Esse tipo pode ser causado pelo excesso de estrógeno. Às vezes se desenvolvem a partir de uma hiperplasia atípica, um crescimento anormal de células no endométrio. Geralmente, os cânceres tipo 1 não são muito agressivos e demoram para se disseminarem. Os cânceres endometrioides graus 1 e 2 são cânceres de endométrio tipo 1.
Câncer de endométrio tipo 2. Este tipo constitui apenas um pequeno número de cânceres de endométrio. Não se tem certeza do que provoca este tipo de câncer, mas eles não parecem ser causados por excesso de estrogênio. Os cânceres tipo 2 incluem todos os carcinomas endometriais que não são do tipo 1, como o carcinoma papilar seroso, carcinoma de células claras, carcinoma indiferenciado e o carcinoma endometrial grau 3. Esses cânceres são chamados de pouco diferenciados ou de alto grau. Como são propensos a crescer e se disseminar fora do útero, eles têm um pior prognóstico. Os médicos tendem a tratar esses cânceres de forma mais agressiva.
Carcinossarcoma uterino. O carcinossarcoma uterino começa no endométrio e tem características tanto do carcinoma endometrial como do sarcoma. O carcinossarcoma uterino é considerado um carcinoma de endométrio tipo 2. Os carcinossarcomas também são conhecidos como tumores mesodérmicos malignos mistos ou tumores mullerianos mistos malignos. Representam cerca de 3% dos cânceres uterinos.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 27/03/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.