Como o esporte reduz risco de câncer de mama, segundo estudos

Eu atendi uma oncologista que corre! Ela disse que a campanha do Outubro Rosa é muito importante, pois conseguimos realmente atingir mais pessoas e detectar o câncer na forma mais precoce.

Fiquei tão feliz que resolvi pesquisar: como ortopedista, como posso contribuir?

O câncer de mama é uma realidade enfrentada por muitas mulheres ao redor do mundo. Contudo, cada vez mais estudos vêm destacando o papel fundamental que o esporte pode desempenhar na prevenção e no tratamento dessa doença. Para nós, atletas, o impacto do exercício físico vai além da performance. Ele também está profundamente ligado à saúde e ao bem-estar.

De acordo com uma revisão publicada por McTiernan et al. (2019), a prática regular de atividades físicas pode reduzir o risco de câncer de mama em até 25%. Esse efeito se deve, em grande parte, ao papel que o exercício tem na regulação de hormônios como o estrogênio, cuja alta concentração está associada ao desenvolvimento de tumores mamários.

Além disso, o esporte auxilia no controle do peso corporal, um dos fatores de risco conhecidos para o câncer de mama, e atua na redução da inflamação crônica, outro elemento crucial para a saúde celular.

Para mulheres que já enfrentaram a doença, o esporte continua sendo um aliado poderoso. Courneya e Friedenreich (2011) destacam que a prática regular de exercícios durante e após o tratamento do câncer de mama ajuda a combater a fadiga, um dos sintomas mais comuns da quimioterapia e radioterapia.

A atividade física também auxilia na recuperação da força muscular e na manutenção da mobilidade, fatores essenciais para a qualidade de vida pós-tratamento.

Esportes de baixo impacto, como corrida leve, caminhada e natação, são altamente recomendados para essa fase de reabilitação, uma vez que promovem benefícios tanto físicos quanto psicológicos.

O que muitos estudos deixam claro é que o esporte atua em várias frentes: desde a prevenção até a recuperação. Ele não só fortalece o corpo, mas também prepara a mente para enfrentar os desafios impostos pela doença.

Para nós, que fazemos do esporte uma parte fundamental de nossas vidas, entender essa conexão entre atividade física e câncer de mama é um passo importante. Não se trata apenas de melhorar o desempenho, mas de investir em nossa saúde a longo prazo.

Portanto, o esporte vai além da competição. Ele é uma ferramenta poderosa para reduzir os riscos de câncer de mama e, para quem já passou pelo tratamento, um caminho eficaz para a reabilitação. É uma forma de reforçar a importância de mantermos o corpo em movimento e de usarmos o esporte como um escudo protetor contra essa doença que afeta tantas mulheres.

Fonte: GE Saúde