Como os Genes podem ajudar no Diagnóstico e Tratamento do Câncer
Já mencionamos como os genes, suas variações e as mutações genéticas podem influenciar o risco de câncer e até mesmo provocar a doença. Vamos nos referir agora a como determinados genes ou mutações podem ser úteis no diagnóstico de câncer, no tratamento e monitoramento dos efeitos colaterais e no prognóstico.
Diagnóstico e Monitoramento do Tratamento
Certas mutações são comumente encontradas nas células de alguns tipos de cânceres e podem confirmar o diagnóstico da doença. Células de testes para determinada mutação podem ser utilizadas após o diagnóstico para saber como o câncer está respondendo ao tratamento.
Por exemplo, as células leucêmicas de pacientes com leucemia mieloide crônica contêm um gene mutante chamado BCR-ABL, para confirmar o diagnóstico da doença realiza-se o teste de mutação para este determinado gene. Testes muito sensíveis podem dizer quantas cópias desta mutação estão presentes em uma amostra de sangue (o que indica a quantidade das células leucêmicas), podem encontrar até mesmo quantidades muito pequenas. O número de cópias é determinado quando o tratamento é iniciado e posteriormente reavaliado para verificar se o tratamento está funcionando. Se a medida terapêutica utilizada fez com que a leucemia entrasse em remissão, este teste pode ser usado para ver se a doença voltará e se um novo tratamento será necessário.
Genes e Prognóstico do Câncer
Em alguns tipos de câncer, alterações específicas no gene podem ser usadas para prever quais pacientes são susceptíveis de ter um resultado melhor ou pior. Isso ajuda a orientar a intensidade do tratamento.
Por exemplo, pacientes com leucemia mieloide aguda cujas células leucêmicas têm uma mutação no gene FLT3 têm um prognóstico menos favorável do que aqueles cujas células não têm essa mutação. Os médicos podem recomendar um tratamento mais intensivo, incluindo o transplante de células estaminais para os pacientes cujas células leucêmicas contêm a mutação. Por outro lado, pacientes com células leucêmicas com mutações no gene NPM1 (e sem outras anormalidades) parecem ter um prognóstico melhor do que pacientes sem esta mutação. Como resultado, os médicos não podem afirmar que um transplante de células estaminais seja necessário em pacientes cujas células leucêmicas têm apenas uma mutação no NPM1.
Para alguns tipos de câncer, exames que mostrem a atividade (expressão) de diversos genes de uma vez só podem ser úteis para prever o prognóstico. Estes exames, chamados painéis de expressão gênica, são realizados em amostras de células e estão disponíveis para alguns tipos de câncer, incluindo mama, cólon e próstata. Estes exames ajudam a prever quais pacientes são mais propensos a ter uma recidiva após o tratamento. Até agora, porém, o exame Oncotype Dx ® para câncer de mama, foi o único que mostrou ser útil para prever quais pacientes se beneficiariam mais de determinados tratamentos.
Genes e Tratamento do Câncer
Medicamentos que têm como alvo as alterações genéticas foram desenvolvidos para alguns tipos de câncer. Na verdade, esses medicamentos frequentemente têm como alvo à proteína produzida pelo gene anormal (e não o gene em si). Por exemplo, HER2/neu é um proto-oncogene presente nas células normais que as ajuda a crescer. Torna-se um oncogene quando uma célula tem muitas cópias deste gene. Quando isso ocorre, as células produzem proteína HER2/neu em excesso e o câncer é denominado HER2 positivo. Pacientes com câncer de mama com células HER2+ não respondem bem a alguns medicamentos quimioterápicos. Mas, novos medicamentos, como trastuzumab e lapatinib, foram concebidos para atacar especificamente as células HER2+. Estes medicamentos podem retardar o crescimento de células cancerosas e melhorar os resultados em pacientes com cânceres HER2+. Cânceres de mama são agora rotineiramente testados para verificar se são HER2+ e identificar quais pacientes se beneficiarão destes medicamentos. Outros tipos de câncer também podem ser HER2+. Terapia anti-HER2 também ajuda pacientes com câncer de estômago.
Na leucemia mieloide crônica, as células cancerosas têm uma alteração genética chamada BCR-ABL, que faz com que se produza um tipo de proteína denominada tirosina quinase. Os medicamentos com alvo na proteína BCR-ABL, como o imatinib, podem ser eficazes contra leucemia mieloide crônica levando à remissão da doença na maioria dos pacientes tratados nos estágios iniciais. Drogas com alvo em determinadas mutações são úteis em uma série de outros tipos de cânceres, incluindo a leucemia linfocítica aguda, câncer de pulmão de não pequenas células, tumores estromais gastrointestinais, um tipo de linfoma não Hodgkin e melanoma.
Medicamentos que ativam Genes
A metilação do DNA é uma forma de desativar genes. Medicamentos de hipometilação podem reverter a metilação. Isto é útil no tratamento dos tipos de câncer onde alguns genes são anormalmente metilados. Por exemplo, na síndrome mielodisplásica, certos genes podem ser metilados nas células cancerosas quando normalmente não deveria ser assim. A hipometilação com decitabina e azacitidina pode diminuir esta metilação anormal, sendo útil no tratamento desta doença. Outros medicamentos que ajudam a combater o câncer ativando genes são os inibidores da histona deacetilase, como virinostat e rodimepsin.
Exames que preveem se um Medicamento irá funcionar
Alguns medicamentos não ajudam os pacientes se as células cancerosas têm determinadas mutações genéticas. Por exemplo, cetuximabe e panitumumab são medicamentos utilizados no tratamento do câncer colorretal avançado. No entanto, estas drogas não ajudam pacientes com cânceres que têm mutações no gene KRAS, portanto os médicos investigam se as células cancerosas têm estas mutações antes de administrar qualquer um destes medicamentos. Alguns medicamentos agem melhor em pacientes com determinadas mutações. Por exemplo, o erlotinib, que é usado para tratar câncer de pulmão de não pequenas células, age melhor em pacientes cujas células cancerosas têm uma mutação no gene EGFR.
Futuro
Muitos pesquisadores estão otimistas sobre o futuro dos tratamentos do câncer com base nas alterações de genes específicos encontradas nas células cancerosas, e esta continua sendo uma área de pesquisa muito ativa. Atualmente, existem muitos estudos clínicos em andamento que podem levar a melhores tratamentos para muitos tipos de câncer.
Diagnóstico e Monitoramento do Tratamento
Certas mutações são comumente encontradas nas células de alguns tipos de cânceres e podem confirmar o diagnóstico da doença. Células de testes para determinada mutação podem ser utilizadas após o diagnóstico para saber como o câncer está respondendo ao tratamento.
Por exemplo, as células leucêmicas de pacientes com leucemia mieloide crônica contêm um gene mutante chamado BCR-ABL, para confirmar o diagnóstico da doença realiza-se o teste de mutação para este determinado gene. Testes muito sensíveis podem dizer quantas cópias desta mutação estão presentes em uma amostra de sangue (o que indica a quantidade das células leucêmicas), podem encontrar até mesmo quantidades muito pequenas. O número de cópias é determinado quando o tratamento é iniciado e posteriormente reavaliado para verificar se o tratamento está funcionando. Se a medida terapêutica utilizada fez com que a leucemia entrasse em remissão, este teste pode ser usado para ver se a doença voltará e se um novo tratamento será necessário.
Genes e Prognóstico do Câncer
Em alguns tipos de câncer, alterações específicas no gene podem ser usadas para prever quais pacientes são susceptíveis de ter um resultado melhor ou pior. Isso ajuda a orientar a intensidade do tratamento.
Por exemplo, pacientes com leucemia mieloide aguda cujas células leucêmicas têm uma mutação no gene FLT3 têm um prognóstico menos favorável do que aqueles cujas células não têm essa mutação. Os médicos podem recomendar um tratamento mais intensivo, incluindo o transplante de células estaminais para os pacientes cujas células leucêmicas contêm a mutação. Por outro lado, pacientes com células leucêmicas com mutações no gene NPM1 (e sem outras anormalidades) parecem ter um prognóstico melhor do que pacientes sem esta mutação. Como resultado, os médicos não podem afirmar que um transplante de células estaminais seja necessário em pacientes cujas células leucêmicas têm apenas uma mutação no NPM1.
Para alguns tipos de câncer, exames que mostrem a atividade (expressão) de diversos genes de uma vez só podem ser úteis para prever o prognóstico. Estes exames, chamados painéis de expressão gênica, são realizados em amostras de células e estão disponíveis para alguns tipos de câncer, incluindo mama, cólon e próstata. Estes exames ajudam a prever quais pacientes são mais propensos a ter uma recidiva após o tratamento. Até agora, porém, o exame Oncotype Dx ® para câncer de mama, foi o único que mostrou ser útil para prever quais pacientes se beneficiariam mais de determinados tratamentos.
Genes e Tratamento do Câncer
Medicamentos que têm como alvo as alterações genéticas foram desenvolvidos para alguns tipos de câncer. Na verdade, esses medicamentos frequentemente têm como alvo à proteína produzida pelo gene anormal (e não o gene em si). Por exemplo, HER2/neu é um proto-oncogene presente nas células normais que as ajuda a crescer. Torna-se um oncogene quando uma célula tem muitas cópias deste gene. Quando isso ocorre, as células produzem proteína HER2/neu em excesso e o câncer é denominado HER2 positivo. Pacientes com câncer de mama com células HER2+ não respondem bem a alguns medicamentos quimioterápicos. Mas, novos medicamentos, como trastuzumab e lapatinib, foram concebidos para atacar especificamente as células HER2+. Estes medicamentos podem retardar o crescimento de células cancerosas e melhorar os resultados em pacientes com cânceres HER2+. Cânceres de mama são agora rotineiramente testados para verificar se são HER2+ e identificar quais pacientes se beneficiarão destes medicamentos. Outros tipos de câncer também podem ser HER2+. Terapia anti-HER2 também ajuda pacientes com câncer de estômago.
Na leucemia mieloide crônica, as células cancerosas têm uma alteração genética chamada BCR-ABL, que faz com que se produza um tipo de proteína denominada tirosina quinase. Os medicamentos com alvo na proteína BCR-ABL, como o imatinib, podem ser eficazes contra leucemia mieloide crônica levando à remissão da doença na maioria dos pacientes tratados nos estágios iniciais. Drogas com alvo em determinadas mutações são úteis em uma série de outros tipos de cânceres, incluindo a leucemia linfocítica aguda, câncer de pulmão de não pequenas células, tumores estromais gastrointestinais, um tipo de linfoma não Hodgkin e melanoma.
Medicamentos que ativam Genes
A metilação do DNA é uma forma de desativar genes. Medicamentos de hipometilação podem reverter a metilação. Isto é útil no tratamento dos tipos de câncer onde alguns genes são anormalmente metilados. Por exemplo, na síndrome mielodisplásica, certos genes podem ser metilados nas células cancerosas quando normalmente não deveria ser assim. A hipometilação com decitabina e azacitidina pode diminuir esta metilação anormal, sendo útil no tratamento desta doença. Outros medicamentos que ajudam a combater o câncer ativando genes são os inibidores da histona deacetilase, como virinostat e rodimepsin.
Exames que preveem se um Medicamento irá funcionar
Alguns medicamentos não ajudam os pacientes se as células cancerosas têm determinadas mutações genéticas. Por exemplo, cetuximabe e panitumumab são medicamentos utilizados no tratamento do câncer colorretal avançado. No entanto, estas drogas não ajudam pacientes com cânceres que têm mutações no gene KRAS, portanto os médicos investigam se as células cancerosas têm estas mutações antes de administrar qualquer um destes medicamentos. Alguns medicamentos agem melhor em pacientes com determinadas mutações. Por exemplo, o erlotinib, que é usado para tratar câncer de pulmão de não pequenas células, age melhor em pacientes cujas células cancerosas têm uma mutação no gene EGFR.
Futuro
Muitos pesquisadores estão otimistas sobre o futuro dos tratamentos do câncer com base nas alterações de genes específicos encontradas nas células cancerosas, e esta continua sendo uma área de pesquisa muito ativa. Atualmente, existem muitos estudos clínicos em andamento que podem levar a melhores tratamentos para muitos tipos de câncer.
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