Conduta expectante e vigilância ativa do câncer de próstata
Como o câncer de próstata geralmente cresce de forma lenta, alguns homens, especialmente os mais velhos ou os que têm outros problemas importantes de saúde, muitas vezes não iniciam imediatamente o tratamento contra a doença. Nesses casos, os médicos recomendam abordagens conhecidas como conduta expectante (observação vigilante) ou vigilância ativa.
Alguns médicos utilizam esses termos para significar a mesma coisa, enquanto outros consideram significados diferentes:
- Vigilância ativa. O paciente é acompanhado de perto, fazendo exames regulares de PSA e toque retal a cada seis meses. Biópsias poderão ser realizadas, para verificar a evolução da doença. Mas, se a qualquer momento for constatado o crescimento do tumor ou alguma alteração com base nos resultados dos exames de acompanhamento, o tratamento é iniciado.
- Conduta expectante. É algumas vezes utilizada para descrever um acompanhamento menos intenso, o que pode significar menos exames, dependendo das alterações nos sintomas, para decidir se o tratamento é necessário.
Essas abordagens podem ser indicadas se a doença não está provocando nenhum sintoma, se o tumor é pequeno e está contido dentro da próstata, e está se desenvolvendo lentamente porque está no grupo de risco intermédio muito baixo, baixo ou favorável e/ou com base nos resultados de um teste molecular das células cancerígenas.
Essas abordagens não são uma boa opção se o tumor é de crescimento rápido ou se já se disseminou.
A principal vantagem é que estas abordagens permitem que alguns homens com tumores de crescimento lento evitem tratamentos, como cirurgia ou radioterapia, que muitas vezes podem ter efeitos colaterais que podem superar os benefícios. Muitos desses homens nunca precisarão de tratamento para o câncer. Se eventualmente precisarem de tratamento, é improvável que a espera tenha afetado a sobrevida.
Até o momento, alguns estudos comparam a vigilância ativa com tratamentos, como cirurgia ou radioterapia. Pacientes submetidos a cirurgia ou radioterapia não tiveram aumento na sobrevida comparando com aqueles que realizaram vigilância ativa, mas a doença se manteve mais estável e se disseminou menos.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 22/11/2023, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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