Conitec não inclui medicamento para câncer de mama

A Conitec decidiu não incorporar o medicamento phesgo (trastuzumabe + pertuzumabe em solução subcutânea) no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao longo dos últimos meses, a comissão vinha avaliando a medicação que une Pertuzumabe e Trastuzumabe em combinação de dose fixa subcutânea para o tratamento neoadjuvante e metastático em primeira linha para pacientes com câncer de mama HER2-positivo.
A não incorporação foi oficializada através de publicação no Diário Oficial da União no dia 23/outubro/2024, disponível aqui e 29/outubro/2024, disponível aqui.
Em nossa contribuição ressaltamos que a incorporação do medicamento seria importante no cenário neoadjuvante, já que se trata de uma inclusão de nova alternativa terapêutica no tratamento de pacientes com câncer de mama, que atualmente ainda não está prevista no protocolo de tratamento da doença e não tem opção incorporada ao SUS.
A neoadjuvância é realizada com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor de modo que ele possa ser retirado com um procedimento menos extenso, aumentando as chances de resposta do tratamento posterior e contribuindo para a qualidade de vida e chances de cura da paciente. Além disso, a administração de tratamento neoadjuvante possibilita entender melhor a resposta da doença a diferentes opções medicamentosas e garante um melhor direcionamento do tratamento após a cirurgia.
Em nossa contribuição ressaltamos que para o cenário metastático se trata um grupo de pacientes já em estado de vulnerabilidade, sem chance de cura, e com a perspectiva de realização de tratamento para o restante de suas vidas enquanto estiverem se beneficiando. Por isso, questões como o conforto da paciente, qualidade de vida e redução da possibilidade de efeitos adversos, infecções ou complicações, temas já muito relevantes no tratamento oncológico, são particularmente importantes para estas pacientes.
Leia a íntegra da nossa contribuição para essas tecnologias aqui.
Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia.