Detecção precoce de pólipos e câncer colorretal

O rastreamento é o processo de busca de câncer ou pré-câncer em pessoas assintomáticas. O rastreamento regular pode, muitas vezes, diagnosticar o câncer colorretal de forma precoce, quando é mais provável que seja curado, pois, em estágio inicial, ainda não se disseminou e é mais fácil de ser tratado. 

Além disso, o rastreamento pode até prevenir o câncer colorretal. Um pólipo, considerado uma lesão pré-cancerígena, pode levar de 10 a 15 anos para se transformar no câncer propriamente dito. Com o rastreamento, os pólipos podem ser diagnosticados e retirados antes que eles tenham a chance de se transformar em câncer.

O câncer colorretal é uma das principais causas de morte por câncer em homens e mulheres no mundo. Mas, a taxa de mortalidade do câncer colorretal, principalmente em países mais desenvolvidos, vem caindo há várias décadas. Uma das razões para isso é que os pólipos colorretais são atualmente diagnosticados por colonoscopia de rastreamento e retirados antes que se tornem câncer. 

No Brasil, os desafios de acesso aos exames de rastreamento dificultam o diagnóstico precoce, mas o conhecimento sobre o rastreamento do câncer colorretal aumenta a conscientização da população e pode facilitar com que mais pacientes tenham um diagnóstico precoce. 

Quando o câncer colorretal é diagnosticado em estágio inicial, ou seja, antes de se disseminar, a taxa de sobrevida em 5 anos é de 90%. Mas apenas 40% dos cânceres colorretais são diagnosticados em fase inicial. Quando o câncer é encontrado em fases mais avançadas ou espalhado, as taxas de sobrevida são evidentemente menores.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 29/01/2024, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.