Efeitos do tratamento do neuroblastoma a longo prazo

Embora raro e por motivos desconhecidos, em algumas crianças com neuroblastoma, o sistema imunológico agride o tecido nervoso normal podendo levar a problemas como dificuldades de aprendizagem, atraso no desenvolvimento muscular, problemas de linguagem e problemas de comportamento. Crianças cujos tumores se iniciaram no pescoço ou tórax e que tenham problemas oculares ou de espasmos musculares podem precisar de tratamento adicional com corticosteróides ou outros hormônios para manter o sistema imunológico sob controle.

Em função dos avanços terapêuticos, a maioria das crianças tratadas para neuroblastoma, agora, vive até a idade adulta. Os pesquisadores constataram que o tratamento pode afetar a saúde das crianças mais tarde na vida, de modo que estar atento aos possíveis efeitos à saúde conforme envelhecem se tornou uma preocupação cada vez maior nos últimos anos.

Assim como o tratamento do câncer em crianças requer uma abordagem muito especializada, o acompanhamento e monitoração dos efeitos tardios do tratamento se tornaram extremamente importantes. Quanto mais cedo quaisquer problemas sejam identificados, maior a probabilidade de serem tratados de forma eficaz.

As crianças que tiveram neuroblastoma têm um risco, em algum grau, para vários possíveis efeitos tardios do tratamento. Esse risco depende de uma série de fatores, como o tipo de neuroblastoma, tipo de tratamentos recebidos, doses de medicamentos recebidas e faixa etária durante o tratamento. Os efeitos tardios do tratamento podem incluir:

  • Perda de audição.
  • Problemas nos ossos e músculos, como escoliose.
  • Problemas na tireoide.
  • Problemas no crescimento.
  • Infertilidade.
  • Problemas neurológicos.
  • Desenvolvimento de um segundo câncer, incluindo leucemia.
  • Problemas emocionais ou psicológicos.

Podem existir outras possíveis complicações do tratamento. O médico deve analisar cuidadosamente todos os problemas possíveis com você antes da criança iniciar o tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 28/04/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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